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Black Mirror na vida real

A série Black Mirror tem despertado a reflexão sobre as consequências sociais do uso da tecnologia. Os temas levantados pela série mostram que, em um futuro mais próximo do que se espera, a tecnologia vai provocar uma transformação nas relações sociais. Na China, desde 2003, o governo estuda a implementação de um sistema de avaliação dos cidadãos por meio de pontos, modelo que é mostrado no episódio de estreia da terceira temporada.

Assim como na série, os cidadãos chineses recebem ou perdem “valor” com base em seu comportamento. No enredo do episódio, a personagem principal precisa de uma pontuação mínima para conseguir pagar o aluguel do imóvel que escolheu. Para conseguir alcançar o seu objetivo, ela tenta conquistar (a todo custo) boas avaliações (´curtidas´ em seu perfil) das pessoas que cruzam o seu caminho.

Na China, a ideia é que o sistema de avaliação comece a funcionar em 2020 e estão sendo estudados modelos de programas de pontos tradicionais existentes atualmente no país para que sirvam de base. A iniciativa polêmica tem gerado discussões sobre os limites da privacidade dos cidadãos.

Segundo o professor do MBA USP/Esalq em Gestão Escolar, Leandro Yanaze, a relação entre identidade e privacidade já foi modificada. “Me parece que, para obter acesso a diversas possibilidades digitais, temos cada vez mais disposição de abrir mão das nossas informações. Isso acontece nos serviços de email, redes sociais, lojas online, jogos digitais. Estamos sendo monitorados e estudados o tempo todo”, afirmou Yanaze, que é pesquisador do Centro de Pesquisa ATOPOS, que estuda os impactos das tecnologias digitais, e do Ceacom (Centro de Estudos de Avaliação e Mensuração em Comunicação e Marketing), ambos da USP.

E você: o que pensa sobre o assunto?

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