O ganho de relevância dos ecossistemas digitais tem desencadeado uma reconfiguração nas operações das empresas e na maneira como estabelecem conexões com seus clientes. À medida que empresas se inserem nesses ecossistemas, elas ficam imersas em redes de interações digitais que refletem uma transformação nos paradigmas comerciais.
Temos exemplos práticos de empresas no Brasil que buscam esse modelo de negócio, como o Mercado Livre e o Magazine Luiza. O que eles têm em comum? Ambos começaram com um tipo específico de negócio, como varejo físico (Magazine Luiza) e e-commerce (Mercado Livre) e criaram diferentes plataformas de negócios que formam um ecossistema.
Para entender mais sobre os ecossistemas digitais e como eles mudam os modelos de negócios, conversamos com o professor Marcos Luppe, do MBA em Digital Business USP/Esalq. Confira nesta matéria como se deu a evolução desse modelo, quais são suas características e seus impactos. Vale a pena sua leitura!
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Ecossistemas digitais e a diversificação de serviços
Os ecossistemas digitais, representados por gigantes como Amazon nos Estados Unidos e Alibaba na China, têm raízes em modelos de negócios que evoluíram ao longo do tempo.
Como mencionado anteriormente, o Mercado Livre é um exemplo disso no Brasil. Inicialmente, era um marketplace para produtos usados e expandiu suas operações para se tornar um dos sites mais acessados no país. O crescimento inclui a oferta de serviços financeiros, logísticos e publicitários dentro do mesmo ecossistema.
“De uma forma geral, quando se forma um ecossistema, existe uma base de dados de clientes muito grande devido ao fluxo de acessos nas diferentes plataformas. As empresas terão que aprender a se relacionar com tudo isso”, alerta o professor.
Confira alguns serviços que podem ser oferecidos pela mesma empresa e que formam um ecossistema digital:
- Marketplace de produtos e serviços: venda de produtos de diversas categorias.
- Serviços financeiros: pagamentos online, empréstimos, cartões de crédito.
- Logística e entrega: serviços de entrega rápida, logística para empresas parceiras.
- Computação em nuvem: oferta de serviços em nuvem para empresas.
- Publicidade e Marketing: plataformas para publicidade online, ferramentas de marketing digital.
- Streaming de conteúdo: serviços de streaming de música e vídeo.
- Educação online: plataformas para cursos online, livros digitais e recursos educacionais.
- Tecnologia: dispositivos eletrônicos e produtos de tecnologia.
- Serviços residenciais: produtos para casa e decoração e serviços de instalação e manutenção.
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Inovação tecnológica: o alicerce dos ecossistemas digitais
Toda a infraestrutura dos ecossistemas digitais está fundamentada na recorrência e na base de dados de clientes. Os conhecimentos de Big Data, Analytics, Cloud Computing dão o suporte tecnológico para que os ecossistemas digitais ganhem relevância e ofereçam diferentes serviços aos seus clientes.
Luppe cita a Amazon como exemplo: “AWS (Amazon Web Services, ou, em tradução livre, Serviços Web da Amazon) é o serviço de nuvem que a Amazon oferece não só para os clientes, ou seja, empresas que participam do seu marketplace, mas também para empresas externas”.
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O futuro da interação empresa-ecossistema digital
O cenário empresarial passa por transformações significativas, marcadas pela digitalização acelerada, ambientes híbridos de trabalho e mudanças nas jornadas de compra. Diante dessa realidade, a interação entre empresas de diferentes setores e os ecossistemas digitais ganham importância.
“Temos um ambiente que, em decorrência da pandemia, ainda traz a questão da inflação. Temos ainda alguns problemas geopolíticos como a guerra na Ucrânia e isso tudo traz instabilidade, incerteza, necessidade de mudança, adaptabilidade das empresas, uma evolução na sua cultura e, com certeza, uma evolução dos seus modelos de negócios”, indica Luppe.
O professor aconselha os gestores a ficarem atentos à velocidade das mudanças, que se intensifica cada vez mais e ressalta a importância do conhecimento diante desse contexto.
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Inscreva-se agora e participe da revolução digital
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