back to top

Conheça o NFT: as obras de arte estão com uma cara diferente!

Recentemente você deve ter visto algumas notícias sobre pessoas comprando itens digitais, que geralmente estão disponíveis para qualquer um ver e baixar direto da internet. Provavelmente se deparou também com o tema NFT e ficou se perguntando “por que isso existe?”.

Desde o Blockchain e o lançamento do Bitcoin, essa novidade veio para mostrar que não existem limites para o que se pode fazer online. Agora, com NFT, é possível obter cripto-colecionáveis e se tornar dono de uma obra que não existe fisicamente.

Mas antes de considerar tudo isso uma “moda” reservada apenas para quem pode pagar, que tal entender melhor sobre o conceito de NFT e como esse termo provavelmente vai se tornar comum até mesmo para quem não é um colecionador?

Feito para quem?

A pergunta na verdade é “para que?”. A sigla NFT significa non-fungible token, ou token não fungível, em tradução livre, e se trata de um tipo de chave eletrônica criptográfica usada de forma única.

Para quem já entende a lógica do que rola em um Blockchain, vai logo assimilar que um proprietário de NFT tem direito a um tipo de certificado de propriedade intelectual. Nesse caso, ele consegue garantir a autenticidade e exclusividade daquilo que compra.

Um NFT, inclusive, não é como um bem físico, já que não pode ser trocado e possui valores indefinidos, diferente de um criptoativo, que pode ser comercializado o tempo todo, como o Bitcoin.

Ao contrário do que se pensa, essa não é uma tecnologia muito nova e vem sendo explorada desde 2012, com o lançamento de uma espécie de Bitcoin 2.x, que não chegou a ter vida muito longa.

E apesar do seu funcionamento não ser tão simples para quem conheceu agora, o NFT basicamente envolve o rastreamento e troca de informações por meio de Blockchain, tornando a transação tecnológica um ativo único registrado em detalhes no serviço.

Não parece lógico

Sim, não parece lógico comprar algo que todo mundo tem acesso de forma gratuita, mas aqui vai uma explicação com base em um paralelo do mundo real.

Temos a sorte de conhecer artistas e obras de arte em representações extremamente semelhantes – ou cópias, se assim preferirmos. Vimos a Monalisa, de Leonardo Da Vinci, e A noite Estrelada, de Vincent van Gogh, em livros da escola ou impressos em papel comum e emoldurados na parede de alguém.

Por mais que a gente conheça a obra e o artista, e tenha visto infinitas cópias, nada se compara à criação original, pois seu valor, além do monetário, é cultural, social e histórico. O mesmo valor inestimável atribuído a peças físicas acontece com o NFT e com peças digitais, só que não para por aí.

Ter NFT não é o mesmo que não ter

Mesmo com essa explicação, nem todo mundo consegue acreditar que existem pessoas dispostas a investir alguns milhares em algo que nem mesmo existe fisicamente. Aliás, a não ser que você seja um colecionador, dificilmente vai comprar um NFT neste momento.

Para os entusiastas da arte, ter NFT é o mesmo que ter a propriedade da peça, então, com certeza, a neurociência explica melhor esse alvoroço em torno da tecnologia.

Os designers e artistas digitais viram neste comportamento e no NFT a oportunidade de valorizar suas criações e de se tornarem populares em um novo nicho. Eles entendem que, após vendida, a obra passa a ser do comprador, e ele poderá fazer o que quiser sem a intervenção do autor, mas isso não parece um problema quando uma grande quantidade de dinheiro está envolvida. Um NFT hoje pode ser vendido em poucas semanas por milhões de dólares!

Não é só isso

E por estar cada vez mais em ascensão, aos poucos estão aparecendo novas aplicações para o NFT. Desenvolvidos por diversas indústrias, os tokens já deixaram de ser aplicados apenas em artes, jogos e colecionáveis.

As oportunidades nesse ramo já permitem empregar NFT em realidade virtual e aumentada, imóveis, vendas de ingressos, licenciamento de marcas e até na transformação do dinheiro físico.

Entenda melhor com alguns exemplos:

Indústria fonográfica

Artistas podem criar tokens para disponibilizar benefícios exclusivos junto com lançamentos. Um álbum com NFT, por exemplo, pode ter como “brinde” artes diferenciadas da capa, localização exclusiva em shows e versões não divulgadas de uma música, se tornando inestimáveis e comercializáveis no mercado de colecionadores.

Exclusividade

O NFT com certeza tem muito espaço para crescer no mundo dos jogos virtuais. Com a opção de gerar itens exclusivos dentro dos jogos, o conceito já é utilizado para criar peças que ficam disponíveis somente para o proprietário delas. Ele, é claro, pode vender os artigos atribuindo valor de exclusividade a eles.

Comércio baseado na originalidade

Como a velocidade em que estamos, a qualquer momento alguma coisa se torna parte do passado e, assim como peças em um antiquário, uma raridade. Pense em quantas pessoas estariam dispostas a pagar muito bem pelo código fonte do Facebook quando ele deixar de existir. Ou, então, investir em um tweet viral. Nada é um absurdo dentro das possibilidades do NFT.

Vídeos insubstituíveis

No audiovisual, temos infinidades de boas peças que podem ser comercializadas com NFT. O Top Shot, por exemplo, é um serviço que permite comprar e vender videoclipes por preços que variam conforme a raridade. E você também pode ser o autor de uma obra em formato de vídeo, basta lembrar que qualquer cena tem capacidade de se tornar tão rara que alguém estaria disposto a pagar para ter os direitos de exclusividade dela.

Quer exemplos bem famosos? Os vídeos virais Leave Britney Alone, da Namorada Ciumenta em cover do Justin Bieber e o skatista bebendo suco ao som de Fleetwood Mac entraram em venda há pouco tempo por uma boa quantia.

Existem vantagens, acredite

Mesmo que a um primeiro olhar o NFT pareça distante da sua realidade e sirva mais à indústria de colecionáveis, a tecnologia traz uma revolução sobre o que entendemos por autenticidade.

A principal vantagem do NFT é garantir isso sem a necessidade de gastos extras para regulação, afinal, não existe um NFT igual ao outro. Essa opção remove qualquer burocracia física e ainda simplifica o estabelecimento de acordos entre comprador e vendedor.

Se você é artista ou produz qualquer coisa para os meios digitais, também é importante lembrar que o NFT adiciona automaticamente royalties aos contratos digitais. Portanto, ainda que o token seja revendido diversas vezes, seu autor continuará recebendo uma parcela a cada negociação.

Depois de entender algumas das oportunidades geradas por NFT, você consegue imaginar o que mais será possível no futuro?

Compartilhe seu palpite com a gente!

Autor (a)

Ana Rízia Caldeira
Ana Rízia Caldeira
Boa ouvinte, aprecio demais os momentos em que posso ver o mundo e conhecer as coisas pelas palavras das outras pessoas. Não por menos, entrei para o jornalismo. E além de trazer conteúdos para o Next, utilizo minhas habilidades de apuração e escuta para flertar com a mini carreira de apresentadora nos stories do MBA USP/Esalq, no quadro Você no Camarim.

Compartilhar