back to top

Inovar dá medo? Descubra como a simplicidade pode ser uma grande aliada em palestra do MBX

Desde que constatamos que a pandemia de Covid-19 e todas suas restrições aceleraram uma transformação digital que já vinha ocorrendo, o termo “inovação” vem nos acompanhando. E, às vezes, inovar dá medo porque tudo parece complexo demais. Mas e se a gente te contar que a simplicidade pode dar uma super força nesse processo?

A autora de best-sellers Susanne Andrade, que também é professora e coach, se apresenta no MBX – MBA Experience com a palestra O poder da simplicidade na inovação, no dia 23 de junho (quarta-feira), baseada em seu terceiro livro: O poder da simplicidade no mundo ágil.

E, para início de conversa, inovar dá medo, mas é parte dessa transformação digital, que é, na visão da autora, uma transformação humana, de mudança de cultura, de mindset, com uma nova forma de pensar e com novas atitudes, que possibilitam não só a transformação, mas também a inovação.

Por que falamos tanto em inovação?

Segundo Susanne, a inovação corresponde a transformar um cenário com profissionais trabalhando de maneira mecânica, sem consciência de um propósito e sem entenderem o sentido do que fazem. E tudo isso culminou em pessoas infelizes, sem entusiasmo ou motivação.

“Por isso, a primeira mudança rumo à inovação depende de o profissional entender o sentido de fazer aquilo que ele está fazendo. É preciso trabalhar movido por um propósito. O segundo passo é entender que as empresas são grandes CNPJs (pessoas jurídicas), formados por CPFzinhos (pessoas físicas), que são os seres humanos por trás dos crachás”, reflete a autora.

Esses dois movimentos ajudam no direcionamento da carreira, trazendo resultados e realizações, dentro de um contexto de felicidade, que também se relaciona com nosso bem-estar e o tempo que passamos trabalhando. “Precisamos entender que a qualidade de vida, hoje, é conquistada também a partir da nossa relação com o trabalho. Assim, fazer escolhas conscientes com relação ao nosso ambiente profissional é essencial.”

O profissional inovador no mercado de trabalho

Inovar dá medo, mas não é esse bicho-de-sete-cabeças. No seu dia a dia profissional, por exemplo, você pode conquistar seu espaço no mercado de trabalho com um currículo inovador.

“Se você está procurando por um novo emprego, já pensou em apresentar seu currículo por meio de um vídeo, em um ambiente que conecta o seu propósito com o propósito da empresa que você quer entrar?”, exemplifica Susanne. Os vídeos estão em alta, mas várias outras atitudes inovadoras podem chamar a atenção de profissionais de Recursos Humanos e recrutadores, como desenvolvimento de conteúdo próprio e autoral nas suas redes sociais pessoais.

“Outro ponto também é a colaboração com amigos, familiares, vizinhos ou com uma comunidade. Parece simples, mas quanto mais você colabora, mais você se torna competitivo para conquistar espaços na sua carreira. Quando ajudamos o outro, mostramos de forma espontânea nosso potencial. A simplicidade está ligada à espontaneidade e a colaboração pode ser uma forma inovadora de fazer networking”, sugere.

Inovação e liderança

Quem já está no mundo corporativo também pode achar que inovar dá medo, mas é possível desenvolver atividades consideradas disruptivas de maneira simples. “Um bom exemplo é a liderança humanizada e o líder servidor”, diz Susanne. Esse tópico será parte da palestra da autora.

“Uma grande mudança dos dias de hoje é sair daquele estilo de comando e controle para uma liderança mais servidora, que desenvolve times de autogestão mais horizontais, com o pensamento em novas soluções e líderes e liderados como protagonistas, de maneira colaborativa”, explica a autora.

A crise também dá medo

Não podemos esquecer que estamos falando muito em inovação porque está enfrentando uma grande crise e isso também dá medo. Mas, para Susanne, toda crise traz oportunidades de criar e inovar, a partir de uma nova atitude mental. “Meu pensamento reflete na minha emoção, que vai me levar a uma ação e a um resultado.”

Você que acompanha o Blog MBA USP/Esalq já sabe que, mais do que a graduação, o mercado de trabalho está interessado nas habilidades que você tem desenvolvidas e no seu poder de resiliência. “Quando falamos em crise, passamos a nos conectar com o medo, é natural. Inovar é superar esse lugar de medo e se voltar para a coragem”, destaca Susanne.

E não entenda a coragem como oposto do medo, mas como a força de realizar mesmo com medo. “A palavra coragem significa agir com o coração. Enxergar propósitos é uma forma de ver novas possibilidades e agir com o coração. E as crises são oportunidades de resgatarmos o que temos de mais essencial, nossa criança interior, nossa capacidade de voar e conquistar liberdade, entendendo que a gente pode tudo”, incentiva.

Desaprender o aprendido e reaprender o desaprendido

A palestra de Susanne também traz a ideia de desaprender o que foi aprendido – toda essa questão de ego, medo e julgamento – e reaprender o desaprendido, o que esquecemos, como nosso lado mais genuíno e puro, nossa intuição e nossa capacidade de criar.

“Todos temos essas habilidades e podemos nos conectar com elas ao aprofundar, cada vez mais, nosso autoconhecimento. A pandemia deu um freio, uma desacelerada. Trouxe inúmeros problemas, mas também oportunidades. Quando entendemos isso, conseguimos inovar, porque entramos com coragem, agindo com o coração”, comenta Susanne.

A simplicidade é o caminho

A autora relembra uma frase creditada a Leonardo da Vinci: “A simplicidade é o mais alto grau da sofisticação.” E, para Susanne, essa simplicidade está nas pessoas, na forma delas se relacionarem e realizarem.

“A simplicidade é o que tem de mais autêntico e essencial no ser humano, é tudo que não é desperdício, que não é exagero. Quando falamos em inteligência artificial (IA), por exemplo, ela dá conta de tudo que é repetitivo, do que é mais básico, com informações que ela já tem”, exemplifica.

E continua: “A própria IA nos dá, enquanto seres humanos, a possibilidade de nos reinventarmos, desenvolvendo novas habilidades e soft skills, como empatia e criatividade. A IA vai tomar conta de muitos postos de trabalhos, mas também vai criar outros, com destaque para o ser humano. E, nessa perspectiva, tem uma inteligência que é fundamental, que a inteligência emocional. Devemos entender esse casamento, porque estamos numa era de parceria.”

Cuidado com a Síndrome do Impostor

Se inovar dá medo, fique de olho para ver se você não está enfrentando a Síndrome do Impostor. “Neste caso, o profissional não acredita que pode realizar e se cobra muito. Assim, quando pensa em inovação, acredita que não vai conseguir e se compara muito com outras jornadas e vivências. E isso tem a ver com a autoestima e a autoconfiança”, analisa Susanne.

Mas como romper com isso? Na palestra, a autora vai dar dicas de como se fortalecer para quebrar esse tabu e acreditar que você também pode inovar. “Tudo começa com nosso padrão de pensamento. Precisamos entender que a inovação é simples e está em todo ser humano, assim enxergamos a simplicidade como um caminho, inclusive, para resolver problemas complexos”, completa.

A tecnologia é só um meio para a transformação digital, mas quem está por trás disso são os profissionais. O grande valor que existe está nas pessoas e a inovação consiste em trazer humanidade para os negócios.

Inovar dá medo, mas a grande disrupção da inovação está no ser humano. Inscreva-se no MBX e garanta sua participação nessa palestra imperdível!

Autor (a)

Marina Petrocelli
Marina Petrocelli
Mais de 12 anos se passaram desde minha primeira experiência com Comunicação Social. Meus primeiros anos profissionais foram dedicados às rotinas de redações com pouca ou nenhuma relevância digital. O jornalismo plural se resumia em apurar os fatos, redigir a matéria e garantir uma foto expressiva. O primeiro sinal de mudança veio com a proposta para mudar de realidade e experimentar um formato diferente de produzir. Daí pra frente, as particularidades do universo do marketing se tornaram permanentes. Ah! Também me formei em Direito (com inscrição na OAB e tudo). Mas nem tudo se resume às minhas habilidades profissionais. Como produtora de conteúdo, me interesso por boas histórias, de pessoas reais ou em séries, filmes e livros, especialmente distopias. Gosto de montar roteiros de viagens e reconhecer estrelas e constelações em um aplicativo no celular. Museus, música e arte no geral chamam minha atenção, assim como cultura pop.

Compartilhar