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Conflitos de gerações: como as empresas lidam com o assunto

O mercado de trabalho está cada vez mais plural. A diversidade tem muitos pontos positivos, como as diferentes experiências e opiniões, que auxiliam na busca por resoluções e soluções. Mas a convivência também traz divergências e os conflitos de gerações estão nas pautas das empresas.

Isso porque pessoas de idades variadas entendem o mundo de maneiras muito particulares, a partir de experiências pessoais que surgem da composição da sociedade desde o momento em que nasceram, passando pelos momentos de formação de valores.

As gerações

Falar em conflitos de gerações significa localizar no tempo certos padrões de comportamentos que eram reproduzidos em determinadas épocas. Não tem a ver, necessariamente, com um período pré-definido de alguns anos, como as divisões em décadas ou séculos.

As gerações mais facilmente encontradas no mercado de trabalho hoje são:

  • Baby boomer: são os nascidos entre a década de 1940 e a metade da década de 1960. De educação mais rígida e focada na disciplina, eles começaram a trabalhar desde cedo por necessidade e com baixa opção de escolha da profissão.
  • Geração X: na linha do tempo, nasceram depois dos boomers, entre meados de 1965 e o fim da década de 1970 ou começo da década de 1980. São pessoas que passaram por mais mudanças e revoluções, por isso são mais céticos e ambiciosos. Tiveram preparo acadêmico para escolher uma profissão e buscam equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
  • Geração Y: ou os famosos millennials. Seguindo a cronologia, essa geração compreende os nascidos entre 1980 e os anos 2000. Com bastante contato com a tecnologia, essas pessoas encontraram cenários políticos e econômicos mais favoráveis e puderam escolher uma profissão alinhada a propósitos e valores. São mais ansiosos e mudam de emprego com mais frequência.

Bagagem cultural

Por nascerem, estudarem e entrarem no mercado de trabalho em momentos diferentes (tanto da vida quanto da época), as pessoas adotam posturas conforme sua bagagem cultural para responder o que se espera de uma empresa, o quanto vou me dedicar ao trabalho, qual a melhor maneira de desenvolver minha atividade entre outros questionamentos.

Um boomer, por exemplo, tende a valorizar mais estabilidade e uma hierarquia forte na organização em que trabalha. Assim, pode achar curioso ou até mesmo estranho que um millennial decida largar o emprego por discordar do chefe. Já alguém da geração X pode ter dificuldade de seguir um líder boomer, que pode ter características mais controladoras e atitudes mais focadas em resultados.

Esses conflitos de gerações podem prejudicar a equipe e o ambiente de trabalho, com consequências para toda a empresa, como desmotivação de colaboradores e prejuízos financeiros pela dificuldade em desempenhar os processos.

Como resolver os conflitos de gerações

Trabalhar em uma empresa plural e diversificada é uma oportunidade de exercitar a tolerância, o respeito e a empatia. Por isso é importante saber lidar com as diferenças e ficar atento ao menor sinal de conflito. Quer algumas dicas?

  • Conheça o perfil de cada colaborador e a qual geração pertence: este é o ponto inicial para respeitar os limites de cada um e incentivar os pontos fortes e as melhorias. Assim fica mais fácil motivar as pessoas de acordo com seus valores.
  • Incentiva o diálogo: a comunicação clara e assertiva entre equipe e gerência evita mal-entendidos.
  • Valorize os pontos fortes de cada geração: reconheça o que cada colaborador tem de bom, desmistifique rótulos e crie um ambiente colaborativo, buscando pontos comuns ou complementares.
  • Desenvolva a inteligência emocional da equipe: investir em treinamentos de desenvolvimento pessoal ajuda os colaboradores a lidarem entre si com assertividade.

Que tal olhar para o seu ambiente de trabalho e verificar quais conflitos de gerações são possíveis resolver? Conte para a gente sua experiência!

Autor (a)

Marina Petrocelli
Marina Petrocelli
Mais de 12 anos se passaram desde minha primeira experiência com Comunicação Social. Meus primeiros anos profissionais foram dedicados às rotinas de redações com pouca ou nenhuma relevância digital. O jornalismo plural se resumia em apurar os fatos, redigir a matéria e garantir uma foto expressiva. O primeiro sinal de mudança veio com a proposta para mudar de realidade e experimentar um formato diferente de produzir. Daí pra frente, as particularidades do universo do marketing se tornaram permanentes. Ah! Também me formei em Direito (com inscrição na OAB e tudo). Mas nem tudo se resume às minhas habilidades profissionais. Como produtora de conteúdo, me interesso por boas histórias, de pessoas reais ou em séries, filmes e livros, especialmente distopias. Gosto de montar roteiros de viagens e reconhecer estrelas e constelações em um aplicativo no celular. Museus, música e arte no geral chamam minha atenção, assim como cultura pop.

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