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Diversidade no ambiente corporativo favorece criatividade e inovação

Assim como a sociedade, o ambiente corporativo é altamente diversificado. São várias gerações, etnias, pessoas com deficiência, grupos LGBTQ, homens e mulheres. Essa diversidade é benéfica para o ambiente corporativo, proporcionando incentivo a tomada de decisões melhores, maior criatividade e inovação interna. Mas como é esse novo cenário corporativo e como investir nele? Realizado na Esalq, no dia 16 de agosto, o 2º Encontro sobre Diversidade e Inclusão nas Organizações trouxe em destaque o debate de uma realidade necessário em empresas: entender como o diverso se configura entre os funcionários e de que forma investir na diversidade dentro do ambiente corporativo. “Se pararmos para analisar, hoje há uma carência da discussão do tema e uma falta de entendimento e conhecimento. Isso acaba gerando desconforto entre aqueles que não entendem as mudanças dos conceitos”, conta Heliani Berlato, professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP.

Ambiente com diferentes gerações

Não é incomum ver ambientes corporativos com um quadro de funcionários composto por jovens ingressando nas primeiras oportunidades de trabalho e profissionais com anos de experiência que buscam estabilidade ou recolocação no mercado. A divergência de gerações nessa situação, explica Heliani, revela outro olhar sobre a diversidade, no qual os interesses de todos os grupos entram em paridade. “Como gestor da empresa, tenho que entender que nessa minha diversidade de gente dentro do ambiente corporativo, desde o mais jovem que acabou de entrar cheio de energia até o sênior que tem muita experiência, existem muitas expectativas iguais sobre o futuro e a carreira”, explica.

Empatia com colega de trabalho

Uma dificuldade em entender a diversidade no ambiente corporativo, segundo conta a professora, é o olhar dos funcionários para seus colegas de trabalho. Ela acrescenta que promover um diálogo entre os colaboradores melhora a relação de notar o próximo, colocando a empatia como mais relevante em relação a competitividade, antes considerada a melhor via de crescimento dentro do ambiente corporativo. “A realidade de cada um é diferente, então é preciso estudar estratégias que mantenham toda a equipe motivada, unida e feliz no trabalho. Isso pode ocorrer começando pelos benefícios, que precisam estar de acordo com cada perfil e um diálogo para que todos entendam os porquês de existirem diferenças até nesse ponto”, observa.

Ideias e opiniões diferentes é bom

Para a professora, é importante que as empresas entendam que o caminho mais fácil para obter inovação e criatividade é investindo em pessoas com ideias e opiniões diferentes. O principal ponto da ação é elevar a quantidade de discussões díspares, que ajudarão a elaborar planos de sucesso no ambiente corporativo. “Quanto mais homogêneo um espaço, pior é. É na heterogenia que conseguimos ver as almas e essências. Desta forma nos libertamos dos preconceitos, sejam eles quais forem. Quando olhamos para o heterogêneo nos desprendendo dos nossos vieses inconscientes e vemos novos caminhos. Assim funciona melhor a sinergia empresarial.”

Educação que previne o preconceito

O processo de entendimento e aceitação do diferente também é garantido a partir da educação. Heliani relata que ao aceitar o preconceito como algo natural do humano aprendemos a enxergar quem está ao lado como parceiro de aprendizado e não um oponente melhor ou pior. Com a sensibilidade de reconhecer que o aprendizado é contínuo e necessário para identificar defeitos e qualidade pessoais, maior será o respeito pela diversidade. “O mercado de trabalho quer, espero eu, ver as suas qualidades e competências, e não a sua casca, pois a casca, a roupa, o rótulo não nos define, o que define é o quem somos em essência. Isso deve prevalecer em times de ambientes corporativos”, conclui. Gostou do assunto? Leia também como desenvolver equipes com alto desempenho. 

Autor (a)

Ana Rízia Caldeira
Ana Rízia Caldeira
Boa ouvinte, aprecio demais os momentos em que posso ver o mundo e conhecer as coisas pelas palavras das outras pessoas. Não por menos, entrei para o jornalismo. E além de trazer conteúdos para o Next, utilizo minhas habilidades de apuração e escuta para flertar com a mini carreira de apresentadora nos stories do MBA USP/Esalq, no quadro Você no Camarim.

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