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A importância da educação inclusiva para pessoas com autismo

O processo de aprendizado é diferente para cada pessoa e o desenvolvimento de métodos para que a educação seja acessível a todos é fundamental. É importante promover métodos que promovam a equidade no processo de aprendizado ao considerar pessoas que tem o comprometimento do funcionamento intelectual, causado por deficiências como, por exemplo, o autismo. A educação inclusiva para pessoas com autismo exige que cada estudante tenha suas demandas atendidas de acordo com suas especificidades.

Conversamos com a professora Karina Maldonado, do MBA em Gestão Escolar USP/Esalq, para entender mais sobre a educação inclusiva, principalmente de pessoas com autismo. Nesse artigo, abordaremos o que é o transtorno do espectro autista (TEA), o que é necessário para promover uma educação inclusiva e qual é o papel da escola e do professor nesse processo.

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Transtorno do espectro autista (TEA)

Karina cita o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) para explicar o que é o TEA. De acordo com o manual, o autismo é um transtorno de neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos.

Além disso, o TEA é dividido em três graus, de acordo com a docente. No grau 1, o paciente é mais funcional e exige pouco apoio, já no grau 3, o paciente é mais dependente e precisa de um suporte muito maior.

Conforme informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), as condições do TEA são aparentes até os cinco anos de idade na maioria dos casos, uma vez que o autismo começa na infância e pode persistir na adolescência e na idade adulta.

As pessoas com espectro autista também podem apresentar outras condições além do comprometimento do funcionamento intelectual, como aponta a Opas. As condições podem incluir epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

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Equidade na educação

O conceito de educação inclusiva parte da necessidade de educar cada pessoa a partir das diferenças, como pontua Karina. “Um conceito fundante deste princípio é a equidade, presente na Declaração de Incheon de 2015, ou seja, oferecer a cada um o que necessita para aprender”, diz.

Para promover a equidade na educação, é necessário investir em infraestrutura física e de pessoal para atender às necessidades de cada estudante. Portanto, a escola deve ter uma rede de atendimento que envolve profissionais da área da Saúde, além de disponibilizar acompanhantes para atividades de vida diária e apoio pedagógico, de acordo com a professora.

Imagem de uma pessoa segurando um lápis em ambiente escolar para remeter à importância da educação inclusiva.
O ambiente educacional deve promover estratégias para que a educação seja acessível a todos os alunos

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Formação contínua e educação inclusiva para pessoas com autismo

Algumas ações promovidas pela escola e pelos profissionais de educação podem reduzir as dificuldades de comunicação com pessoas com autismo e facilitar o aprendizado. A docente destaca a necessidade da formação contínua de toda a equipe escolar como um dos pilares para garantir a inclusão.

A formação contínua proporciona a desconstrução de preconceitos pelos profissionais e comunidade escolar, para que possam se comunicar de maneira mais eficiente com as pessoas que possuem alguma deficiência.

Além disso, a docente apontou outras formas de apoiar a inclusão em ambiente escolar. Confira:

  • Trabalhar de forma colaborativa com profissionais especializados, a partir da formação contínua;
  • Identificar as potencialidades do estudante e suas demandas;
  • Ter um leque de metodologias e estratégias de ensino que beneficiarão alunos com e sem autismo;
  • Substituir a falta de conhecimento por discussões e reflexões sobre o desenvolvimento humano e as diferentes inteligências e formas de aprender;
  • Conhecer cada vez mais os estudantes e buscar parcerias com profissionais que possam atendê-los.

Por fim, a professora lembra que a escola deve ser um ambiente em que estudantes não sofram estigmas, preconceitos e tenham suas diferenças respeitadas e valorizadas.

“O oferecimento de apoio caso seja necessário é fundamental, além da desconstrução das diferentes barreiras que partem das arquitetônicas e chegam às atitudinais, que a meu ver envolvem desde o preconceito até as didático-pedagógicas; que impedem a aprendizagem dos estudantes, que são vistos como pessoas que não são capazes de aprender”, finaliza.

A educação inclusiva para pessoas com autismo é um dos assuntos abordados no MBA em Gestão Escolar USP/Esalq, que visa preparar seus alunos para o ambiente educacional em que transformações são frequentes. Invista na sua carreira e atualize-se sobre a área da Educação. Inscreva-se!

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Autor (a)

Letícia Santin
Letícia Santin
Jornalista, gosto de leituras que me cativem e de aprender de tudo um pouco. Minhas experiências profissionais com comunicação me fizeram apreciar a transmissão de conhecimentos e ideias de uma forma descomplicada e acessível. No meu tempo livre, gosto de fazer maratonas de filmes e séries, meditar, desenhar e cozinhar.

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