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Linguagem corporal: sua comunicação não-verbal é eficaz?

Falar, escutar, ler e escrever são algumas formas de se comunicar que expressam as vontades do indivíduo enquanto ser social. São ações, no geral, completamente controláveis. Mas nosso corpo fala mais do que somos capazes de administrar por meio da linguagem corporal.

A comunicação não-verbal exterioriza o ser psicológico e auxilia no autoconhecimento, afinal, é a maneira do nosso corpo se expressar, voluntária ou involuntariamente.

Duas mulheres conversando com linguagem corporal inconsciente.
Gestos, expressões faciais e posturas são formas de linguagem corporal e revelam nossos sentimentos e emoções, além de serem considerados formas de comunicação.

Segundo a psicóloga Julia Domingues da Silva Moretti, as pessoas desenvolvem e utilizam a capacidade de escolher palavras e formar imagens e raciocínios com o objetivo de agir de modo que consideram mais adequado em determinada situação. “Para esses movimentos ponderados utilizamos o neocórtex, parte do cérebro responsável por comandar a razão e o discernimento, controlando instintos e emoções exageradas”, explica.

Contudo, outra parte do nosso cérebro, chamada sistema límbico, administra nossas emoções, sentimentos e comportamentos. Essa área envia impulsos elétricos ao nosso corpo, que manifesta expressões e movimentos, por vezes involuntários. E assim se caracteriza a linguagem corporal.

Agora que você já tem uma ideia sobre linguagem corporal, que tal conhecer os principais tipos e compreender um pouco mais sobre a comunicação do nosso corpo?

Lembrando que dominar sua linguagem corporal é fundamental, principalmente, para um bom desempenho profissional. O MBA USP/Esalq é o lugar ideal para você aprender sobre as posturas de um bom profissional e outras funções importantes.

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Linguagem corporal positiva

Estima-se que a linguagem corporal representa 55% da nossa forma de se comunicar. Por isso é uma importante ferramenta para medir como as pessoas reagem a estímulos externos. É uma forma de acessar um pouco do conteúdo interno que cada um desenvolve quando experimenta diferentes situações.

Considerando que podemos escolher como nos expressar também quanto à linguagem corporal, o ideal é buscar a forma mais adequada de se manifestar para que não haja muita divergência entre o que falamos e o que deixamos de falar.

Nosso corpo é um centro de informações a nosso respeito e Julia elencou algumas ações que podem ajudar a passar mais confiança e sensações positivas sobre você, como:

  • Olhar no olho do interlocutor: passa autoridade e domínio do assunto;
  • Aperto de mão: demonstra segurança e dominância;
  • Entonação da voz: volume adequado, pronúncia e projeção da voz oferece clareza e até empatia;
  • Velocidade das palavras e articulação: transmitem autoconfiança e determinação;
  • Respiração: controla o nervosismo e a tensão, auxiliando o raciocínio;
  • Repetição de gestos do interlocutor: de forma moderada, estabelece identificação e empatia.
Um homem e uma mulher expressando a linguagem corporal no aperto de mão.
O aperto de mão, uma linguagem corporal positiva, mostra segurança e autoridade – características fundamentais para aqueles que buscam atuar na gestão.

Linguagem corporal negativa

Algumas características da linguagem corporal podem dar a ideia de rejeição ao assunto. Por isso é interessante ficar de olho especialmente no posicionamento de pés e mãos, para não passar negatividade na mensagem. Outro elemento desfavorável pode ser identificado pelo olhar.

Homem de terno batendo em uma mesa com os punhos serrados, expressando uma linguagem corporal agressiva e de raiva e estresse.
A linguagem corporal negativa é claramente perceptível em momentos de raiva e estresse, por exemplo.

Assim, a linguagem corporal possibilita vários significados para quem recebe a mensagem. “Cada mínimo gesto pode significar muitas coisas diferentes para o receptor, dependendo da bagagem utilizada para interpretar e tirar conclusões”, ressalta Julia.

Confira algumas atitudes para evitar:

  • Desvio do olhar: transmite desconforto ou desinteresse;
  • Olhar perdido: indica confusão ou medo;
  • Olhar para cima: passa desprezo ou irritação;
  • Cruzar braços e pernas: dá a ideia de que não há receptividade ou abertura;
  • Braços cruzados e pés alinhados aos ombros: demonstra resistência ou autoridade;
  • Mãos na cintura: transmitem impaciência ou cansaço;
  • Mãos fechadas: indicam irritação ou nervosismo;
  • Velocidade das palavras e articulação: podem mostrar tensão, tristeza e, até mesmo, indicar mentira;
  • Mãos próximas à boca: pode denunciar uma mentira, uma tentativa de mudar o foco daquilo que está sendo dito.

Tipos de linguagem corporal

Para passar uma ideia mais abrangente de linguagem corporal, separamos cinco tipos para te ajudar a compreender melhor como nosso corpo se comunica.

  • Cinésica: gestos e expressões faciais;
  • Proxêmica: espaço físico ocupado pela pessoa;
  • Paralinguagem: recursos de modificação da voz;
  • Tacêsica: toque;
  • Características físicas: aparência e forma do corpo.

A linguagem corporal, por fim, não avalia somente o indivíduo e suas manifestações (voluntárias ou involuntárias), mas qualifica todo o contexto e ambiente em que a pessoa está inserida e suas relações com outros, o que, profissionalmente falando, influencia diretamente no processo de autoconhecimento e na inteligência emocional.

Leia mais: 6 benefícios que diferenciam o MBA USP/Esalq

Uma boa linguagem corporal pode ser o segredo para conquistar seus objetivos, principalmente os profissionais. Ainda assim, uma especialização também é muito importante e faz a diferença no seu desenvolvimento. Saiba mais sobre nossos cursos e principais dúvidas!

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Autor (a)

Marina Petrocelli
Marina Petrocelli
Mais de 12 anos se passaram desde minha primeira experiência com Comunicação Social. Meus primeiros anos profissionais foram dedicados às rotinas de redações com pouca ou nenhuma relevância digital. O jornalismo plural se resumia em apurar os fatos, redigir a matéria e garantir uma foto expressiva. O primeiro sinal de mudança veio com a proposta para mudar de realidade e experimentar um formato diferente de produzir. Daí pra frente, as particularidades do universo do marketing se tornaram permanentes. Ah! Também me formei em Direito (com inscrição na OAB e tudo). Mas nem tudo se resume às minhas habilidades profissionais. Como produtora de conteúdo, me interesso por boas histórias, de pessoas reais ou em séries, filmes e livros, especialmente distopias. Gosto de montar roteiros de viagens e reconhecer estrelas e constelações em um aplicativo no celular. Museus, música e arte no geral chamam minha atenção, assim como cultura pop.

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