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Empreendedorismo materno: como aliar trabalho e vida pessoal

Abrir o próprio negócio é uma tarefa um tanto quanto complexa. No empreendedorismo materno os negócios vêm acompanhados de mais responsabilidades, pois a proprietária tem que conciliar uma vida paralela de mãe. No entanto, isso não deve ser motivo para desistir do sonho de investir no que acredita.

O conceito de empreendedorismo materno está “em alta” há alguns anos. É comum incentivar mães que empreendem. No entanto, não se fala tanto assim sobre conciliar as duas tarefas: cuidar dos filhos e da empresa recém-aberta – que exigirá muito no início, apesar de oferecer a flexibilidade que um trabalho convencional não teria.

É claro, não se pode ignorar o papel do pai em meio a esse turbilhão de tarefas e obrigações. O empreendedorismo materno também passa pelo apoio do progenitor e de suas responsabilidades, que devem ser divididas conforme a dinâmica do casal – na dúvida, meio a meio.

Empreendedorismo materno não deveria nem ser um conceito separado do empreendedorismo, se formos analisar bem. Abrir uma empresa e investir no que se acredita é uma tarefa feita por pessoas, sejam elas mães, pais, filhos, avós ou tios. O conceito só é tratado de maneira diferente justamente por ter uma carga maior de responsabilidade dos filhos sobre a mãe.

Pensando nisso, o blog Next separou algumas dicas para você, mãe, que quer empreender, mas não sabe muito bem por onde começar. Ou então que está com medo de investir nisso. Confira!

É isso que você quer?

O primeiro passo para abrir o próprio negócio é analisar se é isso mesmo que você quer. Boa parte das mães brasileiras são demitidas do emprego até dois anos após a licença maternidade. Empreender é uma boa saída para se recolocar no mercado de trabalho e garantir o sustento da casa – principalmente se não há o marido e pai da criança ao lado, que é grande parte dos casos.

No entanto, é preciso ter cuidado e não investir na primeira ideia maluca que aparecer na cabeça. Isso pode trazer mais problemas e prejuízos do que o retorno financeiro esperado. Se você é mãe e quer ou precisa empreender, opte por analisar bem a situação antes de decidir em qual segmento quer entrar.

Não romantize

É importante ter em mente que o conceito romantizado que se colocado no termo empreendedorismo materno pode causar certa frustração. Fazer o que gosta pode custar muito às mães que pretendem abrir o próprio negócio, desde tempo irrecuperável com os filhos, até prejuízos financeiros, que serão percebidos ao longo do tempo.

Uma vantagem do empreendedorismo materno é a flexibilidade para poder estar com as crianças nos momentos importantes e ainda assim não parar de trabalhar. Essas horas, porém, serão conquistadas ao longo do tempo. Você não abre uma empresa em um dia e no seguinte já falta de reuniões ou fecha as portas para ir a uma apresentação escolar.

No início, principalmente, você será quem mais terá que estar presente nas atividades do seu negócio. Com o tempo, conseguirá delegar tarefas e deixar outras pessoas a cargo do operacional, podendo dedicar-se a assuntos mais importantes e à criação dos filhos.

Qual seu sonho?

Decidiu empreender – ou teve essa decisão como última saída? Agora é a hora de escolher uma área a seguir. Existem milhares de mães que caíram “de paraquedas” no seu próprio negócio. Por exemplo, quem fez uma festa de aniversário para o filho que foi um sucesso e, tempos depois, abriu uma empresa de eventos infantis.

Esse tipo de história, porém, não é a regra. O mais comum é ter muito trabalho antes mesmo de pensar em abrir as portas do negócio. No que você gosta de trabalhar? Existem milhares de segmentos e uma busca rápida pela internet pode te ajudar a decidir a área.

Depois, busque informações sobre a carência do mercado nesse segmento. Tenha em mente que sua empresa, para se destacar, deve ter um diferencial “de peso”. Ser mais uma igual às outras não vai te fazer voar longe ou prosperar a longo prazo. Se bem estruturada, sua empresa terá tudo para crescer e trazer o tão esperado sustento.

O papel do pai

Se você é mãe solo, essa hora talvez traga alguma dificuldade. Converse com o pai dos seus filhos. Explique que você passará por um momento em que precisará do apoio dele mais do que nunca. Abrir uma empresa exigirá muito e talvez você não esteja tão presente no início.

Nesse momento, é muito comum algumas mães terem certo receio de “deixar” os filhos com o pai ou sobrecarregá-lo. Porém é preciso ter em mente que a obrigação é dele também. Participar da criação dos filhos é tarefa dupla. O apoio de toda família será imprescindível nesse momento.

Preparar e começar

Depois de tudo acertado com o segmento que quer investir, é preciso buscar conhecimento. Por fácil que pareça, abrir as portas de uma empresa, sozinha, é complicado. Procure cursos, oficinas e informações na internet, mas não deixe de conhecer bem sobre empreendedorismo, finanças e tudo na área que deseja seguir.

Enquanto isso, vá abrindo seu negócio aos poucos. Resolva a papelada burocrática, conte as “moedinhas” e invista naquilo. Muitas vezes, terá que ser algo caseiro no início, tudo depende do quanto tem e se está disposta a investir.

Se você quer abrir uma empresa de alimentação, por exemplo, para vender trufas e bolos. Talvez no começo não seja necessário alugar um espaço. Adapte sua cozinha para fazer tudo que precisa ali e quando o negócio crescer você poderá expandir para outro local.

Ou se você faz algum tipo de artesanato e quer abrir sua lojinha, mas ainda não tem capital para uma locação. Que tal começar a vender para conhecidos, na internet e, quem sabe, até abrir uma loja virtual? Posteriormente, você poderá expandir e inaugurar sua loja física.

Tudo depende da área, é claro. Pense bem, busque conhecimento e invista. Seus filhos terão orgulho da sua coragem e, mais importante, você terá o sustento da família e satisfação pessoal. Não tenha medo!

Você é ou conhece uma mãe empreendedora? Comente!