Nos últimos anos, o crescimento do comércio eletrônico e o surgimento de dispositivos como o Kindle transformaram o mercado editorial, afetando as livrarias físicas.
Entretanto, um estudo recente da Nielsen BookData, a pedido da Câmara Brasileira do Livro, realizado em outubro de 2023 com mais de 16 mil participantes com 18 anos ou mais, revelou que cerca de 25 milhões de brasileiros estão interessados em comprar livros nos próximos três meses, sinalizando uma demanda contínua por leitura.
Confira os resultados do estudo:
- Cerca de 16% da população brasileira comprou pelo menos um livro nos últimos 12 meses;
- Perfil dos compradores: mulher, classes B e C, no Sudeste e Nordeste;
- 91% possuem níveis educacionais acima do Ensino Médio;
- 55% fazem compras online devido a preços mais baixos;
- 2,6% se inscreveram em um clube de assinaturas de livro no último ano.
Um dos pontos levantados na pesquisa foi a falta de livrarias em algumas regiões do país, como Norte e Nordeste. Apesar disso, muitos compradores revelaram aproveitar datas especiais, como Black Friday e Semana do Consumidor, para adquirir mais livros.
Além disso, o levantamento destacou o crescente interesse dos consumidores por redes sociais (50,8%) e serviços de streaming (44,3%) como entretenimento.
Acompanhe os demais índices dos hábitos de lazer:
- 38,9% escutam música;
- 36,4% assistem a YouTube e/ou TikTok;
- 32,8% preferem dormir;
- 30,7% assistem a canais abertos ou fechados;
- 24,9% praticam esportes.
Diante dos preços praticados pelas livrarias tradicionais, muitos consumidores têm optado por adquirir livros físicos em grandes varejistas online. Quanto aos livros digitais, a preferência pelo formato de e-book é clara, com 81% dos consumidores optando por esta modalidade, sendo que metade deles utiliza o celular para leitura.
Assim, tanto os livros físicos quanto os digitais continuam a desempenhar um papel importante na vida dos brasileiros, com foco na cultura digital para tornar a compra de livros mais acessível.
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As livraria físicas precisam entender a necessidade de diminuir a diferença de preços para as compras on line. Não é possível igualar, mas é possível encurtar essas diferenças. Não sei se o mercado ainda funciona assim, mas os livros são consignados, portanto não há um grande desembolso em estoque. Poucas livrarias conseguem manter hoje uma grande área de vendas, então é só copiar os modelos “express” que outros exploram bem