Você sabe como evitar o esgotamento emocional gerado pelo Burnout?

Burnout era um termo bastante conhecido no ambiente corporativo. Com questões como qualidade de vida do trabalhador e a própria cultura organizacional, muitas empresas já cuidavam para que seus funcionários não chegassem ao esgotamento. No entanto, algo mudou.

De 2020 até agora, as pessoas se tornaram mais íntimas do termo. Sim, a pandemia foi a principal culpada. Com rotinas mais caseiras, crise econômica e ansiedade para saber se vamos normalizar a situação ainda neste ano, fica fácil entender o porquê.

A também chamada síndrome do esgotamento profissional passou a ganhar holofotes depois que muitos profissionais da saúde se mostraram afetados. Com o volume de trabalho aumentado e o colapso no sistema de saúde, a sobrecarga logo aconteceu.

É claro que não ficou só por aí. O excesso de tensão emocional, trabalho, cobranças e estresse apareceram em todos os setores do mercado. A “glamourização” da produtividade contribui para tornar as pessoas workaholics, mesmo contra sua vontade. Junte isso à falta de realização pessoal e profissional e já sabemos aonde vai dar.

Todo esse cenário nos deixa apenas uma pergunta: será que a Síndrome de Burnout vai se manter como mais uma doença do século 21?

Não, a menos que você deixe

É simples. A causa do Burnout está diretamente ligada ao excesso de trabalho, situações desgastantes de competitividade ou responsabilidade e o consumo de informações negativas. Quem sofre com o Burnout pode desenvolver outras doenças psicológicas, como depressão e ansiedade.

Infelizmente, não existem formas simples de processar ou “superar” uma crise que foi provocada pelo Burnout. O principal conselho é a busca por ajuda especializada, pois cada pessoa tem suas individualidades.

Outras dicas estão diretamente ligadas a tarefas que são boas para a qualidade de vida, mas que geralmente são esquecidas.

Lembra no início do ano, quando sugerimos alguns hábitos para adotar ainda em 2021? Então, vamos revisitar essas dicas e entender como elas podem ajudar contra os gatilhos do Burnout. Continue lendo!

Meditação e alongamento

A meditação é sempre recomendada para aliviar rotinas pesadas e estressantes. Comprovadamente, essa prática se fixou como método para pessoas que estão sofrendo de algum esgotamento, inclusive a Síndrome de Burnout. Não à toa, as empresas começaram a contratar treinamentos de mindfulness, alongamento e respiração.  

Para começar, basta colocar no dia ao menos uma pausa de, no mínimo, três minutos. Experimente respirar conscientemente, prestando atenção no ar que entra e sai. Caso queira fazer durante o trabalho, faça movimentos circulares com os ombros e mexa a cabeça de um lado para o outro.

Exercícios

Se exercitar envolve também a concentração e isso pode ser extremamente útil no gerenciamento do estresse e para minimizar os efeitos do Burnout. Yoga, dança ou boxe, não importa, movimentar o corpo de alguma forma, principalmente logo ao acordar, vai liberar endorfinas.

Esse hormônio é responsável por te fazer sentir bem o resto do dia, além de reduzir a ansiedade. Aliás, adicione movimento à sua rotina, caminhando enquanto faz ligações, subindo escadas ou fazendo movimentos curtos de cinco minutos, pelo menos.

Pausas

Se entregar para a correria e não fazer pausas, nem mesmo para o almoço, é um grande erro de autocuidado. É importante lembrar que o trabalho ainda vai continuar lá, não importa o seu esforço. Estamos tão preocupados com nossa estabilidade financeira e profissional, que esquecemos a qualidade da nossa saúde mental.

Tire um tempo só seu e se priorize caso esteja passando por episódios do Burnout. Se coloque como o centro da sua atenção antes de pensar em ter energia para cuidar dos outros e do seu trabalho.

Atividades prazerosas

Nunca ignore aquelas atividades que te dão prazer. São elas que levantam seu ânimo após um dia ruim. Quando deixamos de lado um hobby do qual gostamos muito ou nossos pequenos prazeres, nos privamos do autocuidado e de ter uma qualidade de vida realmente suficiente.

Para se sentir bem, faça o que te deixa bem. Ouça seu artista ou música favoritos, leia seu livro do mês, escreva um diário listando suas emoções, coma um pouco do seu doce favorito ou qualquer outra coisa que vá te fazer genuinamente feliz.

Conversas

É importante ter um tempinho para ligar e interagir com pessoas queridas. Não fale sobre o trabalho – a menos que seja para desabafar sobre algo, claro.  

Ter pessoas de confiança para conversar realmente melhora a forma como você lida com os problemas, mesmo sem receber qualquer conselho em troca. Para contornar o Burnout é preciso ter conexões verdadeiras, que sejam o ponto de apoio nos momentos mais difíceis.

Trabalho não é o mesmo que vida

Se você não reconhece essa afirmação, então é bem provável que seu caminho esteja voltado para o Burnout. Quanto mais damos valor ao trabalho como se ele fosse nossa vida, e não parte dela, mais achamos que o prazer de viver se resume só ao sucesso no trabalho.

Esqueça os mantras de se tornar insubstituível e passe a ser parte de uma equipe. Quanto mais apego temos em ser necessários e requisitados no trabalho, menos vida pessoal temos. Você definitivamente não pode ser o seu trabalho e ele não pode roubar o espaço da sua família, lazer e diversão.

Quer que mais pessoas saibam como lidar com o Burnout? Comente sobre sua experiência e compartilhe este texto com sua rede de contatos!

Autor (a)

Ana Rízia Caldeira
Ana Rízia Caldeira
Boa ouvinte, aprecio demais os momentos em que posso ver o mundo e conhecer as coisas pelas palavras das outras pessoas. Não por menos, entrei para o jornalismo. E além de trazer conteúdos para o Next, utilizo minhas habilidades de apuração e escuta para flertar com a mini carreira de apresentadora nos stories do MBA USP/Esalq, no quadro Você no Camarim.

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