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Aprenda a proteger a privacidade na internet em 5 passos

Já podemos dizer que 2019 foi um ano marcado pela necessidade de pensar em soluções para proteger a privacidade na internet. Foram inúmeros casos de artistas e políticos que acionaram as autoridades alegando invasão de celulares e computadores, com a finalidade de obter dados e informações.

Neste cenário, a palavra “hacker” ganhou ainda mais popularidade. Ela é utilizada para definir pessoas com intensa familiaridade com informática, programação e softwares, com habilidades de modificação de códigos e aspectos internos de dispositivos e programas.

O Google Trends, ferramenta mundial que mostra os termos mais pesquisados em determinado período e local, apontou que “hacker” teve um ápice de pesquisa em julho de 2019, o mais alto índice de buscas pelo termo desde o fim do ano de 2014. Isso ocorre porque a população no geral responsabiliza os hackers pelos ataques cibernéticos.

Porém, a atividade do hacker não é criminosa. Quando isso ocorre, a denominação correta para essas pessoas passa a ser “cracker”, com referência ao verbo “quebrar” em inglês. Eles violam (quebram) sistemas de segurança de forma ilegal e, além da própria invasão, podem praticar outros crimes como roubo e estelionato.  

Esse assunto gera grandes discussões sobre tecnologia, suas falhas e se há possibilidade de proteger a privacidade na internet. Pensando nisso, o Blog MBA USP/Esalq separou cinco dicas para você aumentar sua segurança digital online.

Cuidado com a exposição

Nenhum programa é 100% confiável. Por isso, uma dica que parece boba é muito relevante. Todos os sistemas, inclusive de autoridades como o Governo Federal, são suscetíveis a invasões. Agora, imagine as pessoas que divulgam espontaneamente informações de onde estudam e trabalham, por exemplo.

Mesmo com esse cuidado, ainda é possível ser vítima de ataques online, pois existem algumas invasões praticamente impossíveis de serem previstas ou prevenidas. E só é possível proteger o que conhecemos.

Exemplos disso são as falhas “zero-day”, expressão utilizada quando o assunto é vulnerabilidade grave de sistemas e softwares. Essas brechas são desconhecidas pelo próprio desenvolvedor que tem, literalmente, zero dias para consertar, a partir de sua identificação, antes que os invasores descubram.

Se há fumaça, há fogo

Em caso de não conseguir proteger a privacidade na internet, não hesite em alertar imediatamente as autoridades competentes. Quanto mais cedo a invasão for detectada, mais fácil será o trabalho de apurá-la.

Além de comunicar a polícia, vale também já procurar um advogado para garantir a aplicação da lei e resguardar seus direitos. Dessa forma, a vítima não fica desprovida de orientação e pode buscar justiça com mais segurança.

Não confie nas políticas de privacidade

Quando você se cadastra em alguma rede social ou baixa algum aplicativo no celular, você é levado a ler e concordar com a política de privacidade da empresa. Sabemos que muitas pessoas concordam sem ler, já que as empresas colocam textos longos e difíceis para, justamente, incitar que o público aceite sem ler.

Mas mesmo quem lê o texto na íntegra está sujeito a se tornar vítima do vazamento de informações. O Telegram, por exemplo, que garante ser mais seguro do que os concorrentes na política de privacidade, foi a ferramenta envolvida na divulgação de mensagens de autoridades políticas neste ano.

Verificação em duas etapas

Com a alta do assunto, muitas pessoas pesquisaram e se depararam com a verificação em duas etapas como mecanismo de proteger a privacidade na internet. Isso significa uma senha adicional para, no caso de invasão, o usuário ser barrado por uma segunda verificação, dificultando o ataque.

Essa falta de prevenção adicional pode ter sido responsável pelo vazamento das mensagens de políticos, por exemplo.

Entenda a legislação

É preciso entender que existem diferenças entre as legislações. Quando realmente existe a invasão e a necessidade de proteger a privacidade na internet, as informações vazadas não podem ter sido disponibilizadas publicamente e de maneira espontânea pela vítima. O crime está em acessar ilegalmente esses dados.

Quando o material foi divulgado pela própria vítima, conscientemente, mas utilizado de má-fé por outras pessoas – como é o caso de montagens com fotos – a penalidade recai sobre o uso indevido da imagem. Neste caso, não é possível alegar a invasão de privacidade, por exemplo.

Gostou das dicas? Se interessa por tecnologia? Que tal aprender sobre inteligência artificial? Leia mais sobre o assunto aqui.

Autor (a)

Marina Petrocelli
Marina Petrocelli
Mais de 12 anos se passaram desde minha primeira experiência com Comunicação Social. Meus primeiros anos profissionais foram dedicados às rotinas de redações com pouca ou nenhuma relevância digital. O jornalismo plural se resumia em apurar os fatos, redigir a matéria e garantir uma foto expressiva. O primeiro sinal de mudança veio com a proposta para mudar de realidade e experimentar um formato diferente de produzir. Daí pra frente, as particularidades do universo do marketing se tornaram permanentes. Ah! Também me formei em Direito (com inscrição na OAB e tudo). Mas nem tudo se resume às minhas habilidades profissionais. Como produtora de conteúdo, me interesso por boas histórias, de pessoas reais ou em séries, filmes e livros, especialmente distopias. Gosto de montar roteiros de viagens e reconhecer estrelas e constelações em um aplicativo no celular. Museus, música e arte no geral chamam minha atenção, assim como cultura pop.

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