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O atendimento humanizado como diferencial das cooperativas de crédito

As cooperativas de crédito são conhecidas, e elogiadas, pelo bom atendimento ao público. Diferente de muitos dos bancos, elas priorizam a humanização e personalização na hora de lidar com os seus cooperados – e repare aqui que não são “clientes”.

Outro ponto que faz com que muitas pessoas optem pelas cooperativas de crédito é que elas escolhem não apenas cidades grandes, mas também pequenos municípios do interior para se instalar. Muitos dos quais os bancos convencionais não veriam vantagem em investir.

Isso mostra uma preocupação com o desenvolvimento e que o lucro não é o único objetivo – que coloca na contramão do sistema financeiro atual no país. As cooperativas de crédito buscam investir no que há de mais forte em cada região, respeitando as especificidades de cada cidade.

Apesar de valorizar o atendimento humanizado, a tecnologia é aliada das cooperativas. Elas andam lado a lado com os bancos convencionais no que diz respeito a ferramentas para facilitar a vida do cooperado, como internet banking e aplicativos.

De acordo com Henrique Chiquito, gerente de negócios da Central Sicredi Sul/Sudeste, o atendimento é um grande diferencial, mas não o único. “A preocupação não é só conquistar novos associados, mas sim conquistar e mantê-los satisfeitos com a instituição, fazê-los entender e comprar a ideia/sentimento de dono”, explica.

Transparência e atualização

Uma das maneiras de fazer isso é manter os negócios das cooperativas de créditos transparentes. Anualmente, elas abrem os resultados para os cooperados. Também acontecem assembleias periódicas em que todos podem participar.

Há uma abertura que faz com que os associados tenham igual conhecimento do que se passa na cooperativa. “Além disso, nós também conquistamos o público pelo portfólio de produtos e serviços, pelo cuidado e preocupação com a economia local, por fazer parte da comunidade, estar presente em seus eventos, pela solidez dos Fundos Garantidores que temos”, completa Chiquito.

O principal é que as cooperativas buscam sempre aprimorar e atualizar as tecnologias, ferramentas, produtos e atendimento. Assim, fazendo novamente um caminho oposto aos bancos convencionais, trazem os associados sempre para mais perto, para participar.

Preocupação com o futuro

Além de buscar associados, as cooperativas de crédito procuram investir no futuro da população. “Temos projetos que não visam lucros, e sim formação de pessoas, cidadãos melhores, capacitação e inclusão”, declara Chiquito.

Esses projetos incluem o já dito investimento em pequenos municípios e valorização do que há de melhor neles. Existem, hoje, 576 cidades onde há somente cooperativas de créditos e os bancos não se instalam por não haver viabilidade econômica. Esse número representa 10% dos municípios brasileiros.

Enquanto os bancos convencionais fecham agências nessas cidades pequenas, as cooperativas abrem mais pontos de atendimento. Ali, a humanização traz uma proximidade, que faz com que as cooperativas tenham uma visão de como o associado pode investir em beneficio dele e da sua região.

Dados

Com tudo isso, as cooperativas de crédito crescem uma média de 20% ao ano em rede de atendimento. Hoje o Brasil possui quase 1000 cooperativas diferentes e, entre elas, cerca de 6 mil agências. A rede já é maior que os bancos convencionais.

Os dados são do FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito). Apesar do crescimento constante das cooperativas, a preferência da maioria da população brasileira ainda são os bancos. Hoje 10 milhões de pessoas são associadas a uma cooperativa financeira, ou seja, cerca de 5% do total de habitantes.

Atualmente há um crescimento das cooperativas de crédito nas empresas. Isso quer dizer que há um maior número de pessoas jurídicas associadas a elas. Essa deve ser uma tendência para os próximos anos.

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