Qualquer tipo de investimento, seja feito por uma empresa ou pessoa física, oferece riscos para o investidor. Por isso, todos os aspectos destas operações devem ser cautelosamente analisados antes da decisão final. Uma boa ferramenta para avaliar os riscos do seu empreendimento é o rating do país ou empresa no qual se pretende investir.
Levar em consideração as notas de risco de crédito é imprescindível para que um investimento seja feito da melhor forma. Para você entender mais sobre este assunto, conversamos com o professor Rafael Gatsios, professor no MBA em Finanças e Controladoria USP/Esalq. Entenda, de uma vez por todas, o que é e como utilizar o rating na tomada de decisões empresariais e de investimento. Aproveite!
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O que é rating?
De acordo com Gatsios, “o rating é uma nota de classificação referente ao risco de crédito de uma determinada entidade, que pode ser um país, uma empresa ou uma instituição financeira”. Além disso, esta nota também pode ser aplicada a pessoas físicas, como clientes de bancos e investidores privados.
O objetivo dessas notas é, de maneira geral, avaliar a capacidade que essas entidades têm de cumprir com seus compromissos fiscais. Estes compromissos podem variar, como a capacidade de uma empresa ou cliente de banco de pagar suas dívidas, até a possibilidade de um banco honrar o compromisso com seus correntistas.
Portanto, quanto melhor o rating de uma pessoa física ou jurídica, mais confiáveis são os acordos financeiros firmados por eles.
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Como as notas funcionam?
O professor explica que os ratings são realizados por várias empresas no Brasil e no mundo. As três maiores e mais importantes instituições que fazem esse serviço mundialmente são a S&P Global Ratings (antigamente chamada de Standard & Poor’s), a Moody’s Investors Service e a Fitch Ratings.
Essas agências calculam o rating a pedido das próprias entidades ou de clientes que pretendem investir nelas. Para fazer essa análise, elas utilizam diversos modelos econométricos, avaliando questões financeiras, de liquidez, entre outras.
Cada empresa possui sua própria nomenclatura para classificar os diversos graus de risco das entidades avaliadas e entre essas nomenclaturas estão várias categorias. No entanto, há um certo padrão entre as três maiores, com categorias que vão de AAA (a mais alta) até C ou D (as mais baixas).
Segundo Gatsios, todas elas dividem essas categorias em dois grandes grupos de risco: grau de investimento e grau especulativo, com as categorias em grau de investimento sendo as mais confiáveis e as em grau especulativo as mais arriscadas.
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Utilizando as notas
Como vimos anteriormente, quanto pior o rating de uma entidade, maior o risco que se tem ao investir nela. Por isso, empresas e países com notas baixas tendem a ter maiores taxas de retorno ao investidor e para proprietários de títulos de bancos ou de dívida pública, por exemplo. “Da mesma forma, se o cliente de um banco tem histórico de atraso no pagamento de contas ou está com o nome sujo no Serasa, o banco cobrará taxas maiores e com prazos mais curtos ao oferecer empréstimos”, completa o professor.
Gatsios usa o exemplo do Brasil. “Entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016, quando o país se encontrava em uma das maiores recessões de sua história até então, ele teve seu rating nas três grandes diminuído de grau de investimento para grau especulativo. Com essa queda, muitos fundos tem que deixar de investir aqui ou não querem por política própria.”
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Entendeu por que o rating é tão importante para qualquer tipo de negócios? Se você gostou deste conteúdo e quer aprender mais sobre este e diversos outros temas requisitados pelo mercado hoje, conheça o MBA em Finanças e Controladoria da USP/Esalq e aproveite a oportunidade!
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