Os novos moldes da educação agregam características que são atribuídas aos power pupils, ou alunos empoderados. Esse tipo de estudante tem interesse especial pela escola e pela aprendizagem, além de apresentar talentos inatos a serem desenvolvidos.
Os power pupils são conscientes das próprias habilidades e possuem forte interesse em promover mudanças sociais. Atualmente, a principal questão que permeia o ensino está em como os profissionais da educação devem agir para não inibir esses cidadãos com grande potencial de transformação.
Somado a isso, a evolução tecnológica age diretamente no comportamento e sociedade. Situações cotidianas já não acontecem sem a presença de celulares e notebooks, por exemplo, e da mesma forma que esses componentes se adaptam e ficam mais inteligentes com o passar do tempo, nós, como pessoas, precisamos evoluir em conjunto.
Quando pensamos no sistema educacional, um grupo de dispositivos e pensamentos são capazes de revolucionar as práticas aplicadas no ensino contemporâneo. Dessa forma, não somente as novas gerações enfrentam desafios para caminhar com as inovações do mundo 4.0, como a educação precisa aprender a se adequar a suas mudanças.
Liderança
Apesar de ser um termo ainda novo, principalmente no Brasil, os power pupils nascem junto a uma ideia de educação contemporânea, que está mais preocupada com o desenvolvimento de líderes, sejam eles agentes em decisões mais assertivas ou em mudanças sociais impactantes.
A liderança começa com o incentivo dos pais, que devem acompanhar seus filhos no amadurecimento pessoal e evitar que suas metas se restrinjam apenas ao sucesso acadêmico e profissional. Pensar no coletivo, respeitando diferenças e praticando a empatia, é uma qualidade de líderes.
Essa capacidade de liderar exercida pelos power pupils também aprimora competências para levar adiante projetos individuais, dentro e fora do ambiente escolar. Por meio de supervisão e adoção de iniciativas colaborativas, esses indivíduos desenvolvem com facilidade as habilidades sociais, de comunicação e de construção da confiança.
Observar o empoderamento dos estudantes é apenas um dos papéis a ser desenvolvido pelos professores. Essa atuação vai ajudar a localizar os alunos que são capazes de influenciar de forma positiva os demais além de desmontar o antigo costume de tomadas de decisão centrada apenas no educador. O aluno ganha voz para participar do plano de ensino, contribuindo com novas ideias e pontos de vista.
Empreendedorismo
Antes de tudo, não se pode confundir empreendedorismo com a criação de trabalhos informais por necessidade. O conceito de cidadão empreendedor vai muito além e representa autonomia, ideias criativas e vontade de inovar. Dentro de empresas, por exemplo, empreendedores são bem vistos por, na maioria das vezes, explorarem o novo.
O ensino básico tem como missão formar cidadãos competentes e bem sucedidos. Entretanto, a prática acaba cedendo espaço apenas para o conhecimento estritamente técnico, minimizando o aprendizado social e, muitas vezes, reprimindo a criatividade.
A educação é um dos mais importantes agentes na formação de pessoas empreendedoras e deve olhar para o desenvolvimento social e acadêmico dos power pupils, sempre com o cuidado de não preparar para o mundo apenas dois grupos distintos: chefes e subordinados.
O sucesso da sociedade não está em organizações compostas por quem manda e quem obedece, mas sim baseadas no respeito ao próximo, na escuta ativa e nas lideranças em diferentes níveis.
Oferecer atividades dentro e fora da escola, sempre aliadas com novidades tecnológicas, pode propiciar uma visão completa das áreas de conhecimento e preparar de fato alunos empoderados para as demandas do mercado e do coletivo.
Uma geração comprometida
O empoderamento permite não só que estudantes alcancem autonomia, mas tomem consciência de suas capacidades, talentos, confiança, criatividade e a não-passividade em sala de aula. Dessa forma, o ambiente se torna não passivo e mais aberto ao aprendizado.
Jovens power pupils apresentam características muito marcantes da geração Z justamente por serem, em sua maior parte, pessoas que ainda não alcançaram a fase adulta e estão mais dispostos a acompanhar as transformações da indústria 4.0.
- São nativos digitais e em 2030 serão a maioria entre os consumidores
- São mais engajados socialmente, têm a mente aberta, são práticos e individualistas e se baseiam na lógica para achar soluções
- São tolerantes e abertos ao diálogo
- Preocupam-se com temas como a sustentabilidade e o bem do planeta
- São multitarefas e abertos às mudanças
- São desapegados em relação às coisas materiais
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