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3 dicas para quem pensa em investir dinheiro

A internet está cheia de informações sobre como investir dinheiro. A cada dia, novos youtubers e influenciadores digitais ganham fama ensinando possíveis truques para enriquecer. Contudo, as informações são, no geral, superficiais e pouco didáticas.

Pensando nisso, o Blog MBA USP/Esalq conversou com Gustavo Silva, economista, professor do MBA USP/Esalq e financial advisor na Rumo Investimentos, escritório credenciado à XP Investimentos.

Confira três dicas para iniciar no mundo dos investimentos.

O grande vilão

Quem está pensando em investir dinheiro precisa ter em mente que o poder de compra está diretamente ligado à inflação. Este é o primeiro passo para definir, por exemplo, que tipo de investidor você é, qual seu objetivo e quais produtos se adequam melhor ao seu perfil.

Silva comenta que a inflação é a responsável pela destruição do poder de compra do dinheiro. Por isso, para calcular o retorno nominal – a taxa declarada em uma operação financeira – é preciso considerar a inflação e o retorno real. “A fórmula utilizada para essa operação é: retorno nominal = inflação + retorno real”, explica.

Para o investidor ter ganhos de fato, o retorno nominal deve ser maior do que a inflação. Se o valor do retorno nominal for menor do que a inflação, significa que o retorno real foi negativo e, portanto, teve queda de patrimônio.

Qual seu objetivo?

A fórmula citada pelo economista é utilizada para analisar o objetivo de cada investidor. Por exemplo, se a ideia é preservar o patrimônio acumulado, então basta buscar a inflação como retorno nominal (o retorno real pode ficar perto de 0). Para aumentar patrimônio, é preciso correr alguns riscos para ter mais ganho real potencial e, assim, o retorno nominal superar a inflação.

Para ajudar a entender melhor, Silva cita um exemplo. “Vamos considerar uma pessoa com patrimônio de R$ 1 milhão que queira viver de juros. O investimento escolhido apresenta retorno nominal de 1% ao mês (ou R$ 10 mil por mês). Para saber qual o retorno real disponível para viver de juros é preciso considerar a inflação. Em um cenário hipotético, a inflação é de 0,4% ao mês. Então, esse investidor deve viver com 0,6% de juros ao mês. Se viver com 1%, vai acabar com o patrimônio.”

Um investimento com retorno de 15% é um bom investimento? Silva responde que depende. Se for ganho real, é ótimo, porque independe da inflação. Se for nominal, é preciso saber o valor da inflação.

Os três pilares

Investir dinheiro exige atenção a três pilares fundamentais: retorno, risco e liquidez. Definir cada um deles determina o perfil da carteira de investimentos.

  • Retorno: pode ser nominal ou real, conforme citado acima. O real é somado à inflação para compor o nominal;
  • Risco: pode ser de mercado (depende de parâmetros de preços, taxas e câmbio) ou de crédito (depende para qual instituição você emprestou dinheiro);
  • Liquidez: é a capacidade da aplicação reverter em dinheiro em sua conta corrente.

Bônus: perfis de investidores

Silva define os perfis de investidores em cinco. “O que muda de um para o outro é a proporcionalidade de renda fixa e variável que compõe a carteira.

  • Ultraconservador: 100% renda fixa
  • Conservador: 90% renda fixa e 10% renda variável
  • Moderado: 70% renda fixa e 30% renda variável
  • Agressivo: 50% renda fixa e 50% renda variável
  • Ultra agressivo: 30% renda fixa e 70% renda variável

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Autor (a)

Marina Petrocelli
Marina Petrocelli
Mais de 12 anos se passaram desde minha primeira experiência com Comunicação Social. Meus primeiros anos profissionais foram dedicados às rotinas de redações com pouca ou nenhuma relevância digital. O jornalismo plural se resumia em apurar os fatos, redigir a matéria e garantir uma foto expressiva. O primeiro sinal de mudança veio com a proposta para mudar de realidade e experimentar um formato diferente de produzir. Daí pra frente, as particularidades do universo do marketing se tornaram permanentes. Ah! Também me formei em Direito (com inscrição na OAB e tudo). Mas nem tudo se resume às minhas habilidades profissionais. Como produtora de conteúdo, me interesso por boas histórias, de pessoas reais ou em séries, filmes e livros, especialmente distopias. Gosto de montar roteiros de viagens e reconhecer estrelas e constelações em um aplicativo no celular. Museus, música e arte no geral chamam minha atenção, assim como cultura pop.

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