A qualidade de ensino nas escolas é um assunto sempre em pauta, até mesmo em outros setores da sociedade que não estão relacionados com educação. Isso porque é difícil dissociar as ações pontuais e locais do gestor escolar do cenário macro que envolve política e desigualdades sociais.
Contudo, a atuação dos gestores é determinante para combater os fatores mais complicados de alterar, uma vez que dependem essencialmente da administração pública. As ações focadas na própria escola fazem a diferença na vida dos alunos e podem até contornar algumas dificuldades de comunicação com as esferas públicas.
Por isso, separamos cinco dicas que garantem a qualidade de ensino nas escolas. Confira!
Gestão democrática
Falar em democracia parece muito polarizado no cenário político atual, mas a verdade é que uma gestão democrática, não só nas instâncias de decisão, é essencial para compartilhar o conhecimento.
O direito à aprendizagem e participação caminham juntos em um plano de gestão consistente e cada vez mais inclusivo. Envolver pais, professores, funcionários e alunos em todas as instâncias escolares proporciona um espaço seguro e igualitário.
Estreitar o diálogo com os pais
Para a gestão democrática sair do papel, é necessário estreitar o diálogo com os pais e responsáveis, não somente quando os alunos apresentam dificuldade ou dão algum tipo de trabalho.
O acompanhamento da vida escolar dos estudantes aumenta o nível de aprendizagem, por isso os pais e a escola devem ser aliados, uma vez que compartilham do mesmo objetivo: garantir a educação de boa qualidade para os alunos.
O vínculo dos pais com a escola deve ocorrer desde o planejamento escolar, passando pelas decisões, até os resultados obtidos pelos alunos. Isso também amplia a comunicação entre a escola e a comunidade.
Promover a inclusão
A garantia da qualidade de ensino nas escolas precisa abranger, também, as pessoas com deficiência. O ambiente escolar é o principal contexto em que as crianças são inseridas. A convivência com os colegas e amigos de sala de aula começa cedo e é muito intensa.
Por isso é importante compreender as deficiências e adaptar o espaço para incluir, em vez de segregar. Afinal, negligenciar uma educação inclusiva é uma forma de opressão social.
Os gestores escolares, mesmo que não tenham formação específica para trabalhar com as deficiências presentes nas salas de aula, entendem que as dificuldades não devem recair sobre o aluno, mas ser um desafio para o sistema de ensino como um todo.
Aqui também cabe citar a gestão democrática, que abre espaço para reuniões extras com pais de crianças com deficiência. No fim das contas, eles podem dizer mais especificamente quais as necessidades da escola e como ela pode ser mais adaptada.
Monitorar resultados
Acompanhar o rendimento dos alunos é imprescindível. Mas os gestores escolares devem ficar de olho nos resultados e pesquisas nacionais de educação e nos indicadores.
Esses valores servem de parâmetro para orientações internas, direcionando avaliações, diagnósticos e até conselhos de classe, com pais e alunos, para realizar essas ações.
Incentivar os alunos
A sociologia utiliza o termo “profecia autorrealizável” para explicar o incentivo e a crença na capacidade dos alunos. A ideia é que as pessoas ajam como se aquela previsão já fosse real e, assim, ela acaba se realizando, efetivamente.
Essa expectativa a respeito dos estudantes influencia positivamente a aprendizagem. Os alunos vão bem na escola quando os professores, gestores e pais acreditam nesse potencial.
Gostou de saber mais sobre qualidade de ensino nas escolas? No MBA USP/Esalq em Gestão Escolar você aprende isso e muito mais 😊