Há uma ideia errônea de que o mercado de trabalho não absorve profissionais com mais de 50 anos. Levantamento da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) mostrou que 27,8 mil pessoas com mais de 50 anos foram contratadas no Estado de São Paulo. O IBGE apontou que houve queda de 62% no número de pessoas com 50 anos desempregadas nos últimos 10 anos. Para a docente dos MBAs USP/Esalq na disciplina de Gestão de Pessoas, Simone Abrantes Estrela, os números comprovam a mudança de comportamento do mercado corporativo. “Vivemos a era do conhecimento, colaboradores são estimulados e reconhecidos pela capacidade de transformar informações e possibilidades em ações que geram inovação e desenvolvimento organizacional”, afirmou. Nesse aspecto é notório que os profissionais acima de 50 anos, que foram construindo uma carreira baseada em experiência, aprendizado e atualizações, representam a grande fonte de competências para cargos de liderança, cargos especialistas. “O conhecimento, a maturidade e as vivências, elementos do nosso processo de desenvolvimento pessoal, só são possíveis com o tempo. Todos nós em cada época podemos contribuir para grandes realizações e as organizações que nutrem com uma visão mais estratégica de mundo e de negócios, não negligenciam as inúmeras contribuições de um profissional com mais de 50 anos”, relatou. Como arrumar um emprego após os 50 Manter-se atualizado é o passaporte para novas conquistas. “Você torna-se um diferencial, um talento quando não para de agregar valor ao seu perfil profissional, para isso invista no aprendizado”. Simone enumerou competências técnicas e comportamentais valorizadas pelos empregadores: – Domínio da informática e internet – Inglês – Cursos de pós-graduação, como MBAs – Trabalhar em equipe – Lidar com diversidade de ideias e posturas – Ser dinâmico e criativo – Cultivar bons valores como respeito, integridade, honestidade e ética