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Ganhar dinheiro ou mudar o mundo? Descubra o empreendedorismo social

“Seja a mudança que você quer ver no mundo”, já dizia Mahatma Gandhi. É baseado nessa filosofia que muitos empreendedores vem mudando realidades e gerando lucro. Isso é empreendedorismo social.

Para Maure Pessanha, diretora-executiva e cofundadora da Artemisia, organização que fomenta e fortalece os negócios sociais no Brasil, “os negócios de impacto social são empresas que oferecem, de forma intencional, soluções escaláveis para problemas sociais da população de baixa renda”. Para a organização, as principais características dos negócios de impacto social são: – foco na baixa renda: negócios desenhados de acordo com as necessidades e características da população de baixa renda; – intencionalidade: negócios que possuem a missão explícita de causar impacto social e são geridas por empreendedores éticos e responsáveis; – potencial de escala: podem ampliar o alcance por meio da expansão do próprio negócio; – rentabilidade: possuem um modelo robusto que garante a rentabilidade sem depender de doações ou subsídios; – impacto social relacionado à atividade principal: o produto ou serviço gera diretamente impacto social; – distribuição ou não de dividendos: o negócio pode ou não distribuir dividendos a acionistas não sendo esse o critério para definir negócios de impacto social. Para um negócio dar certo é preciso que o modelo de negócios seja viável. O que difere os negócios socias de filantropia é o lucro. “Estamos falando de um novo capitalismo, pautado pela consciência social unida ao lucro. Na Artemisia usamos uma frase que resume esse conceito: “Entre ganhar dinheiro ou mudar o mundo, fique com os dois”. Parece utópico? Longe disso. Esse conceito traz um pragmatismo que beira o convencional. Trata-se de uma lógica de mercado, de oferta e demanda, tendo o impacto social no centro da equação”, explica Maure. No Brasil, não é possível quantificar ainda o número exato de empresas que compõem o setor, mas alguns indícios mostram que ele vem ficando mais forte. “Há quatro anos, o Brasil tinha um fundo de investimento voltado para negócios sociais. Hoje já são uns dez. Nesse universo que ganha força, um dos setores mais pulsantes é a educação. A área tem atraído mais empreendedores e com um olhar mais inovador. Os setores de Alimentação, Energia e Mobilidade também têm despontado por apresentarem fortes oportunidades de mercado frente aos desafios enfrentados no dia a dia da baixa renda”, afirma ela. Apesar disso, esses empreendedores passam pelas mesmas dificuldades de um empreendedor tradicional em sua trajetória, pois não existem incentivos legais específicos para os negócios de impacto social. Quer saber como ser um empreendedor social? Clique aqui 😉      

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