A pandemia acelerou processos em todo mundo, e fez com que os desafios e oportunidades da nova economia surgissem mais rápido do que se era esperado. Contudo, o termo “nova economia” não é algo tão novo, mas ganhou novas abordagens nos últimos meses.
Anderson Pellegrino, palestrante e professor do MBA em Gestão de Negócios USP/Esalq, falou sobre o assunto a partir de duas abordagens existentes há alguns anos e que ganharam força e espaço nas discussões recentemente: a economia comportamental e a economia das plataformas. Confira!
Um panorama sobre a economia no mundo
Antes de iniciarmos essa conversa, precisamos entender quais as abordagens econômicas que ganharam força diante dos desafios impostos pela pandemia, principalmente no aspecto econômico.
Para Pellegrino, muitas instituições sofreram uma queda considerável em seus números. “Muitas empresas estão sofrendo as consequências e vivendo as sequelas do momento de crise gerado pela pandemia.”
Ainda assim, segundo informações consolidadas da economia mundial do IMF (International Monetary Fund, ou Fundo Monetário Internacional), nos Estados Unidos, por exemplo, houve uma queda no PIB (Produto Interno Bruto) em 2020, para 3,5%, e esse índice teve um crescimento de 7% em 2021 e uma previsão de 4,9% para o próximo ano. Agora, qual o motivo para esse retorno e crescimento do PIB?
Segundo o professor, a nova administração dada pela equipe do atual presidente Joe Biden e o seu plano econômico foram estratégias ambiciosas e muito bem-vistas pelo mercado.
“Tudo se resume em criar uma economia de baixo carbono, em médio prazo, e liberar auxílios para recuperação em função da pandemia, em curto prazo, que envolve o auxílio para a reabertura de escolas, auxílio financeiro a famílias em estado de vulnerabilidade e a digitalização da economia”, explica.
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Dessa forma, há uma visão otimista de crescimento para o próximo ano. Além disso, com os impactos da crise, duas tendências ganharam força:
- Necessidade de plena assimilação da transformação digital no mundo corporativo, que garante que o digital veio para formar uma nova realidade.
- Necessidade de valorização pelas empresas dos processos decisórios e das experiências no ato de consumo, que mostra uma tendência com mais foco no cliente e menos foco no produto em si.
“O que interessa é você se pôr na cabeça no cliente… É quase um exercício de empatia na relação de consumo. Agora, no cenário da pandemia, muitas empresas sobreviveram pela proximidade que têm ou sempre tiveram com seus clientes”, analisa Pellegrino.
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Economia comportamental
Agora, sabendo um pouco mais sobre a conjuntura atual e sobre os desafios e oportunidades da nova economia, podemos falar sobre as duas abordagens citadas anteriormente pelo professor, começando pela economia comportamental.
Ela considera que o ser humano toma decisões com base em suas emoções, pensando em si mesmo e nos demais a sua volta, com impacto do momento em que se vive, tendendo a não serem completamente racionais.
“São processos de escolha da arquitetura das decisões. E ela entende esses processos como complexos, uma vez que eles respondem a hábitos e gatilhos mentais de cada indivíduo e do momento experimentado. A ideia da economia comportamental é justamente reduzir a lacuna entre a intenção, a ação e o resultado, e o foco da abordagem é alterar a arquitetura da escolha fazendo com que as pessoas possam conduzir escolhas melhores”, explica o professor.
Economia das plataformas
Sobre a segunda abordagem econômica, o professor explica sobre como funciona a economia das plataformas. “A ideia de plataforma é, na verdade, um conjunto de tecnologias e camadas de softwares que podem nos ajudar a desenvolver processos, aplicações e ferramentas no mundo dos negócios.”
Pellegrino ainda explica que essas plataformas unem, por meio de tecnologias, as empresas e os consumidores, de forma que revolucionaram o mercado atual. Ainda assim, essas plataformas necessitam da interação de ambas as partes e, para que isso aconteça, três fatores são essenciais:
- Unidades de valor: produtos, serviços etc.
- Participantes: empresas e consumidores
- Filtros: algoritmos que permitem essa relação entre as partes, combinando opiniões, críticas e desejos dentro da plataforma
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