Se utilizarmos uma lente mais otimista para enxergarmos os últimos meses, podemos pensar que a pandemia de Covid-19 trouxe questionamentos e reflexões sobre diversidade e propósitos, ressaltando individualmente a necessidade de lutar por direitos.
A verdade é que é crescente a reunião das pessoas em grupos que compartilham dos mesmos ideais e lutam com um único propósito. Assim, o momento é de retraçar planos e definir a importância e responsabilidade das marcas na comunicação com os clientes, considerando questões sociais e culturais em seus discursos.
Como influenciadoras de ideias e defensoras de causas importantes, as marcas ganharam um novo papel nessa engrenagem. Mas que causas são essas? Como as marcas podem influenciar positivamente seus clientes e tratar de questões sociais? Se você tem dúvidas e quer aprender mais sobre o assunto, confira algumas dicas abaixo!
A diversidade sexual
Vamos começar com um assunto super atual: a inclusão das pessoas LGBTQIA+ nas campanhas de marketing é essencial e deve compor o dia a dia das marcas.
Isso quer dizer que a abordagem e o posicionamento devem ser expressos continuamente, sem a necessidade de um mês específico ou data comemorativa.
Assim, as marcas podem utilizar suas principais campanhas, como a Black Friday, para se posicionar aos clientes de maneira interseccional.
A inclusão de PCD
Segundo pesquisa realizada pelo Grupo Croma em 2020, 88% de PCD (pessoas com deficiência) alegam falta de estrutura nas lojas brasileiras para atendê-las. Da mesma forma, 70% concordam que o atendimento de vendedores e call centers são impróprios.
Assim, é essencial que as marcas entendam e incluam a presença de PCD, inovando em suas campanhas e proporcionando realização de desejos e sonhos de consumo.
A diversidade nas gerações
E que tal falarmos sobre as pessoas mais velhas? Sim, parte do trabalho das marcas com a inclusão e respeito à diversidade consiste em aproximar as gerações e a verdade é que a população sênior no Brasil está cada vez mais ativa e conectada ao mundo digital. São inúmeros conteúdos produzidos e, na mesma proporção, consumidos por eles.
A mesma pesquisa mostrou que, durante a pandemia, a participação do público sênior em aulas online aumentou significativamente, de 22% para 53%. O estudo também aponta uma forte tendência de que essas mesmas pessoas continuem a realizar atividades digitais mesmo depois da pandemia.
As marcas que souberem aproveitar as oportunidades e agregarem aos idosos, gerando conteúdo para todas as idades e as respeitando igualmente, estarão à frente das demais, mostrando ao mundo a importância da longevidade.
A voz da mulher e a igualdade de gênero
O estereótipo da mulher de casa, que consome apenas produtos relacionados ao lar ou maquiagem, é algo que já ficou no passado. Da mesma forma, a sexualização da mulher também foi bastante utilizada pelas marcas durante muito tempo, perdendo muita força nos últimos anos.
A realidade é que a luta por igualdade de gênero é essencial e deve ser discutida e retratada pelas marcas, mas há um longo caminho pela frente. Homens e mulheres possuem os mesmos direitos, e devem ter seus espaços de representatividade na sociedade.
Para as marcas, fica o desafio em mostrar igualdade em tudo que fizerem. O que nos leva ao próximo tema…
A diversidade racial
Um tema antigo e que não deve ser ignorado, a diversidade racial conta com a abordagem das marcas para sua difusão e retratação de campanhas que, por muito tempo, só reforçaram a desigualdade no Brasil.
De acordo com o Mapa da Violência, as mortes por assassinato entre os jovens pretos são duas vezes e meia maior do que as de jovens brancos.
Dessa forma, não é exagero dizer que a luta pela diversidade racial precisa ser recorrente, especialmente para as marcas influenciadoras, que devem indicar a existência do problema como algo real e produzir conteúdos que fortaleçam o movimento de igualdade.
O papel do consumidor
Entender e apoiar as diversidades é dever de todos os consumidores. Afinal, grupos maiores podem alcançar mais espaços. Por isso, é essencial o posicionamento individual e, mais do que nunca, a cobrança às marcas com papel essencial como influenciadoras de ideias.
Gostou de saber sobre o papel das marcas e como elas devem ser verdadeiros agentes da diversidade? Então compartilhe com quem mais pode gostar do tema.