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O hype do growth hacking e por que vocĂȘ deve entrar nele

Uma nova forma de adotar estratégias para acelerar o crescimento de marcas tem se tornado assunto recorrente entre treinamentos, eventos e cursos sobre negócios. Para quem não sabe do que estamos falando, aqui vai o termo da vez: growth hacking.

Em tradução literal, podemos dizer que a estratĂ©gia Ă© um “crescimento hackeado” (sim, da palavra hacker mesmo, mas nĂŁo em sentido negativo), em que um time de marketing levanta hipĂłteses, verifica a validade, testa e, dessa forma, consegue identificar falhas ou oportunidades para ter um crescimento inteligente e bem rĂĄpido do negĂłcio.

Aqui, o conceito usado Ă© o da experimentação, jĂĄ que o termo foi criado por Sean Ellis, que deu inĂ­cio a expressĂŁo e colocou ela para funcionar em empresas que vocĂȘ com certeza deve conhecer, como o Dropbox.

Agora, vamos entender melhor como funciona essa técnica de hackeamento.

Tudo começa nos processos

Quando falamos em growth hacking, alguns pontos críticos importantes para orientar a estratégia são identificados pelo KPIs (Key Performance Indicator, ou indicadores-chave), que medem o sucesso do negócio e indicam o desempenho a partir de processos.

Na estratĂ©gia, os KPIs viram um experimento para entender o que Ă© capaz de gerar interesse no pĂșblico. E apesar de parecer similar a muitas outras ferramentas, o growth hacking destaca as oportunidades de crescimento em menos tempo e com menos custos.

EntĂŁo, nĂŁo basta pensar que fazer hacks Ă© o mesmo que ter a resposta para tudo. Isso precisa estar alinhado com investimento em ferramentas que ajudem na experimentação e, Ă© claro, em pessoas que sejam capazes de encontrar as melhores soluçÔes dentro de inĂșmeras hipĂłteses.

É a estratĂ©gia do momento

E por estar tĂŁo em alta, nem todo mundo sabe se pode ou deve fazer o growth hacking. Para isso, Ă© importante se fazer a seguinte pergunta: eu quero conquistar o retorno esperado para o investimento que fiz? Se a resposta for sim – e com certeza ela Ă© -, entĂŁo Ă© melhor entrar no “hype” da estratĂ©gia.

Sabendo que hoje em dia existem inĂșmeras tĂĄticas para alcançar um pĂșblico, e que as pessoas tambĂ©m sabem que as marcas estĂŁo tentando convencĂȘ-las a todo momento, a busca por resultados no marketing se tornou incansĂĄvel. 

O growth hacking tem sua força dentro desse espaço porque pressupÔe a realização de experimentos e a anålise de dados antes de aplicar qualquer ação. E é claro que isso vem acompanhado de tentativas e erros, mas em uma escala controlada e com decisÔes sendo o tempo todo discutidas e remodeladas.

Pode parecer cansativo, mas os negócios só se tornam realmente sustentåveis quando exploram muito bem as oportunidades de crescimento. Portanto, é bom dar uma chance para essa estratégia.

Siga os passos

Etapas são sempre importantes em qualquer estratégia, com o growth hacking não deve ser diferente.

Vamos a elas entĂŁo:

  • Product-Market Fit: criar um produto que as pessoas queiram usar, mas nĂŁo sĂł isso, o produto precisa satisfazer as necessidades do pĂșblico. Para cumprir essa missĂŁo, Ă© obrigatĂłrio entender as pessoas, suas motivaçÔes, desejos, necessidades e a jornada de compra. Aqui pode ser utilizada a regra dos 40%, em que as pessoas respondem seu nĂ­vel de satisfação com o produto em um questionĂĄrio. Se 40% delas indicarem “muita satisfação”, entĂŁo o Product-Market Fit estĂĄ bem direcionado.
  • Growth Hacks: Ă© hora de aplicar os hacks. E quem ficar responsĂĄvel por isso deve levantar as hipĂłteses e colocar os experimentos para rodar, conquistando os primeiros usuĂĄrios. TambĂ©m Ă© neste momento que os hackers entendem o que precisa mudar para que os resultados aconteçam sem gastar tempo e dinheiro.
  • Escala e viralização: uma das principais ideias do growth hacking Ă© ter os “advogados da marca”, que sĂŁo pessoas dispostas a falar bem da marca de forma espontĂąnea. Mas dĂĄ para incentivar esse comportamento oferecendo recompensas tambĂ©m, basta escolher aquelas que seguem a premissa da estratĂ©gia, que Ă© proporcionar crescimento em pouco tempo e com o mĂ­nimo de gastos.
  • Otimização e retenção: e entĂŁo Ă© hora de melhorar ainda mais a usabilidade do produto e, claro, garantir a satisfação do cliente. Essa Ășltima etapa Ă© a retenção, a conquista do cliente “advogado da marca”, que vai voltar a fazer negĂłcio, falar bem e ainda trazer outros clientes. Para sempre otimizar uma solução, serĂĄ preciso, tambĂ©m, reunir e olhar informaçÔes que vĂŁo melhorar continuamente a experiĂȘncia de cada pessoa.

Velhas fĂłrmulas repensadas

Se atĂ© agora vocĂȘ nĂŁo se convenceu de que o hype do growth hacking Ă© tudo isso mesmo para o crescimento dos negĂłcios, tem mais algumas coisinhas que podemos falar.

A aplicação dessa estratégia depende principalmente da definição de KPIs, lembra? Então é claro que vai ser diferente para cada empresa. Nunca queira copiar o feito de outra, por mais que ela seja sua concorrente e esteja no mesmo ramo.

Ainda assim, tem algumas estratĂ©gias que funcionam bem em quase todo tipo de negĂłcio e nĂŁo podem ser ignoradas. No caso do marketing de referĂȘncia, a empresa transforma o cliente em promotor da marca, com a oferta de recompensas pela indicação. Essa mesma ação se liga com o marketing de fidelização, pois quem Ă© fiel a marca sempre recomenda seus produtos e serviços para pessoas prĂłximas.

Outra boa ação Ă© o conhecido marketing de conteĂșdo, que aumenta a aquisição de leads e ainda mostra o que performa bem dentro dos conteĂșdos produzidos pela empresa para o pĂșblico-alvo.

Temos ainda o princípio de escassez, considerado um trunfo por muitos hackers, uma vez que utiliza gatilhos mentais para motivar o consumo. Claro que ele não é uma manipulação propriamente dita, mas gera a sensação de que algo é muito bom por ser limitado ou exclusivo.

Por fim, testar constantemente com os famosos testes A/B Ă© lei no growth hacking, pois sĂł assim Ă© possĂ­vel verificar quais hipĂłteses sĂŁo ou nĂŁo aplicĂĄveis. 

VocĂȘ conhecia essa evolução das estratĂ©gias de crescimento para empresas? Se for adotar, nĂŁo deixe de comentar o que achou e o que vocĂȘ faz de diferente na sua marca ?

Autor (a)

Ana RĂ­zia Caldeira
Ana RĂ­zia Caldeira
Boa ouvinte, aprecio demais os momentos em que posso ver o mundo e conhecer as coisas pelas palavras das outras pessoas. NĂŁo por menos, entrei para o jornalismo. E alĂ©m de trazer conteĂșdos para o Next, utilizo minhas habilidades de apuração e escuta para flertar com a mini carreira de apresentadora nos stories do MBA USP/Esalq, no quadro VocĂȘ no Camarim.

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