O conceito de Geomarketing não é novo, mas está se popularizando a partir das experiências do último ano. Algumas particularidades no comportamento dos consumidores colocaram campanhas e estratégias baseadas em localização nos holofotes.
Antes de serem chamadas de Geomarketing, as pesquisas demográficas já eram fundamentais para definir a instalação de lojas físicas. As características do público eram analisadas de acordo com as regiões e os índices de demandas e consumo.
Muitas vezes, ao comprar em uma loja, mesmo em um pequeno negócio, um funcionário coleta dados do cliente. Entre eles, o endereço. Essa informação pode influenciar, por exemplo, a contratação de carros de som para circular em determinada região ou a divulgação de panfletos. Esse é um exemplo dos primórdios do Geomarketing e de ações offline.
Com a evolução dos dispositivos móveis, os consumidores passaram a estar sempre em movimento e as empresas tinham a tarefa de criar mensagens e notificações personalizadas, com base em uma localização dinâmica. Foi aí que as estratégias começaram a ficar mais digitais do que nunca.
Os desafios do Geomarketing foram aumentando até chegarmos no cenário atípico que acompanhamos desde 2020. Se antes disso as empresas podiam investir em campanhas mais reativas e com foco em atrair os consumidores para os pontos de venda, as orientações de distanciamento social fizeram as compras online dispararem e as marcas buscarem por estratégias mais ativas e digitais. Foi preciso encontrar o consumidor dentro de sua própria casa.
Inteligência geográfica
Os dados coletados por meio do Geomarketing podem ir além da simples localização dos consumidores. Por isso, esse conceito está cada vez mais atrelado ao BI (Business Intelligence, ou Inteligência de Mercado) e às ferramentas que auxiliam na captação, análise e tratamento dos dados coletados.
Afinal, além de pensar em estratégias baseadas em território, também é importante pensar em hábitos e padrões de consumo: com qual frequência as pessoas de determinada região consomem o seu produto? O que isso representa para sua produção ou para o seu estoque? As pessoas daquela região se aproximam do seu público-alvo e brand persona? Em quais características?
Fique de olho no volume de dados! As perguntas acima são somente exemplos. Cada marca deve avaliar quais informações são relevantes para o seu objetivo. Com isso em mãos, é possível montar campanhas mais eficientes, tanto para a empresa quanto para o cliente.
Vantagens do Geomarketing: Geotargeting
Com esses dados, é possível saber desde informações menos complexas, como a região que mais consome o que sua empresa oferta, até dados mais complexos, como o período do mês em que aquela região consome mais, se é próximo ao quinto dia útil (data em que muitas pessoas recebem pagamento) ou qual é o produto mais consumido a partir dessas variáveis.
E aí entra uma das principais vantagens do Geomarketing: a segmentação, ou Geotargeting. A ideia aqui é usar os dados coletados para construir uma campanha assertiva, que impacte o cliente que vai realmente comprar da sua empresa, ou até mesmo tentar entrar em outros mercados, que não conhecem seu negócio ou que não têm o produto que você oferta por perto.
Também é possível aparecer em resultados de Buscas Locais no Google. Quando alguém procura por negócios e inclui, por exemplo, as expressões “perto de mim” ou “em São Paulo”, o buscador modifica a forma como o consumidor recebe os resultados da pesquisa, que passam a ser apresentados seguindo o critério de proximidade.
Por isso, quanto mais presente em mídias sociais e no Google Meu Negócio sua marca estiver mais chances ela tem de ser encontrada pelos usuários e, consequentemente, atrair consumidores. Lembre-se que o conteúdo agora é consumido em tempo real, então cuidado com a validade das campanhas!
Geotagging e o check-in
Cuidado para não confundir com o termo apresentado acima. Entre as possibilidades do Geomarketing, o Geotagging e o check-in são duas ferramentas bastantes utilizadas pelos usuários de redes sociais, que podem ajudar a montar sua estratégia e ocorrem, normalmente, de forma orgânica. Vamos explicar.
Vamos começar com o check-in, que é mais fácil e provavelmente você já fez no Facebook ou, se está a mais tempo no mundo digital, chegou a conhecer com o Foursquare/Swarm. Aqui o usuário informa em sua própria rede social com um post específico onde está. A ideia é que isso ocorra de maneira orgânica, mas alguns estabelecimentos incentivam a prática em troca da senha da internet ou de algum brinde específico.
A informação pode ser somente sobre a localização ou pode acompanhar um post mais completo. Neste caso, estamos falando de Geotagging, que nada mais é do que adicionar uma tag ou etiqueta para marcar geograficamente uma publicação com foto, vídeo, texto entre outros.
Só mais um termo, prometemos: Geofencing
Para deixar esse conteúdo bem completo para você, separamos mais um braço do Geomarketing para te apresentar. É o Geofencing. Neste caso, a ideia é que as empresas tracem um perímetro em volta de um ponto de venda, por exemplo, que fica conhecido como cerca geográfica.
Quando um cliente entrar nesse perímetro (que não tem barreiras físicas, que fique claro), ele receberá notificações de ofertas, promoções ou qualquer outra informação que seja relevante para o consumidor ou para a realização da venda.
Vale lembrar que para que essa informação seja enviada para o celular do cliente ou possível cliente ele deve ter permitido que o site ou aplicativo acesse sua localização e faça esse envio de mensagem.
Você sabia tudo isso sobre Geomarketing? As possibilidades são inúmeras, não é mesmo? Compartilhe esse conteúdo com quem você acha que pode gostar!