A tomada de decisões em empresas não é um processo fácil. Isso porque envolve uma grande carga de informações para análise. Ela geralmente deve ser feita por uma equipe específica chamada Business Intelligence, ou BI.
Apesar de ser um conceito relativamente novo, a Inteligência de Mercado tem ganhado cada vez mais força no mercado brasileiro. Toda empresa, independente do tamanho, precisa entender de que forma está colocada no mercado. Além disso, ela deve traçar objetivos sobre onde quer chegar e isso demanda a análise de dados.
Ao lidar com as informações, a empresa muitas vezes não consegue fazer uma análise mais profunda justamente por não ter uma estratégia. “Uma pequena empresa, por exemplo, vai ter um pouco de dificuldade, porque ela precisa sobreviver para gerar resultados. Então ela não vai tempo e um funcionário dedicado para realizar esse trabalho”, explica João Blasco, economista e gestor de BI do Pecege.
Segundo ele, devido ao porte, dificilmente as pequenas e médias empresas têm um colaborador dedicado para a tarefa. Mas engana-se quem acha que a estratégia não pode ser aplicada em ambas.
Pequenas empresas
Nesse porte, a estratégia do gestor e/ou dono precisa estar voltada ao crescimento do negócio. Portanto, adotar um núcleo de BI não é uma prioridade, mas sim saber como lidar com as próprias informações.
“Sendo proprietário de uma empresa pequena eu posso utilizar ferramentas simples, como o Excel. Com ele eu começo a analisar os dados que estou gerando de forma simples, mas extremamente eficiente para meu crescimento”, observa Blasco.
Entre as informações que devem constar na planilha de análise estão: clientes, hábito de consumo, época em que consomem, o que consomem etc. “Com esses dados eu consigo fazer sozinho o gerenciamento que um BI faria. Mas eu devo popular essa base de dados para depois avaliar. Como sou pequeno, isso é algo mais simples”, comenta.
Ele lembra que a partir do momento em que a empresa toma corpo, espaço no mercado e cresce, tanto em tamanho quanto em quantidade de dados, as análises começam a se tornar mais complexas. Dessa forma, a estratégia mais segura é adotar um núcleo ou contratar alguém que saiba lidar com inteligência de mercado.
Médias empresas
Muitas vezes, a média empresa tem uma estratégia delineada, mas seus dados estão indicando um desvio nos objetivos de crescimento. Para contornar esse problema, ela pode contratar um funcionário dedicado para a análise de informações.
“O BI vem como ajuda para uma certa ineficiência do mercado. Esta análise de dados, inclusive em processos gerenciais, deve ser adotada para melhorar as futuras estratégias do negócio”, ressalta o economista.
Com um profissional especializado, a média empresa pode entender quais resultados está alcançando com os clientes. “Quem utiliza esse tipo de tecnologia de análise acaba passando na frente por sabe exatamente quem é o público alvo do negócio.”
Segundo Blasco, as prioridades devem ser levadas em conta antes de qualquer contratação. Se na pequena empresa o foco está em ter os primeiros clientes e se inserir no mercado, na média as coisas podem ser diferentes.
“A média já passou por todo o processo para surgir. Ela testou seu produto e fez seus clientes. A inteligência de negócios pode ser mais relevante nesse ponto, tanto que não vemos contratações de pessoas para área de inteligência de negócios em empresas que não estejam consolidadas”, observa.
Vai utilizar o BI na sua empresa? Entenda também a importância de se adotar o Big Data nos negócios.