Vivemos em uma Ă©poca de turbulĂȘncias, onde todos estamos sendo afetados por muitos aspectos que influenciam no nosso estado psĂquico/emocional. A depressĂŁo jĂĄ Ă© considerada como o mal do sĂ©culo e como a maior causa de absenteĂsmo, ou seja, a ausĂȘncia ao trabalho. A doença afeta 4,4% da população mundial (322 milhĂ”es de pessoas) e 5,8% dos brasileiros, segundo dados de 2015 da OMS (Organização Mundial da SaĂșde). O Brasil Ă© o paĂs com maior prevalĂȘncia de ansiedade no mundo: 9,3% dos brasileiros tĂȘm algum transtorno de ansiedade. Temos ainda os depressivos nĂŁo diagnosticados, que se tornam improdutivos e impactam diretamente o clima organizacional negativamente. Estes aspectos causam um grande prejuĂzo econĂŽmico e empresas que jĂĄ reconheceram isto estĂŁo investindo no desenvolvimento da InteligĂȘncia Emocional de seus colaboradores. Goleman definiu inteligĂȘncia emocional como: “…capacidade de identificar os nossos prĂłprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoçÔes dentro de nĂłs e nos nossos relacionamentos.” (Goleman, 1998). Este nĂŁo Ă© um tema novo, mas a necessidade de se tratar dele se torna cada vez mais urgente. A designação de InteligĂȘncia Emocional mais antiga remonta a Charles Darwin, que em sua obra referiu a importĂąncia da expressĂŁo como forma de sobrevivĂȘncia e adaptação. A revolução tecnolĂłgica, que estĂĄ mudando comportamentos, formas de troca de bens e serviços e estruturas tradicionais da economia, estĂĄ causando tambĂ©m fortes impactos psicolĂłgicos, pois as mudanças decorrentes, e cada vez mais rĂĄpidas, levam profissionais a sentirem-se cada vez mais ameaçados na condição de sobrevivĂȘncia. Os instintos humanos bĂĄsicos (sobrevivĂȘncia e procriação) quando ameaçados levam o ser humano ao desequilĂbrio psicolĂłgico. Mais do que nunca se torna necessĂĄrio ao indivĂduo reconhecer, entender, controlar e transformar seus instintos e emoçÔes. A venda de antidepressivos aumenta absurdamente no mundo, sem contar o aumento no uso de bebidas e de drogas ilĂcitas, cujo uso visa a busca do equilĂbrio emocional. O desenvolvimento da InteligĂȘncia Emocional possibilita ao indivĂduo condiçÔes de se libertar da dependĂȘncia do uso destas substĂąncias. As geraçÔes nascidas nos anos 50, 60, 70 e 80 foram formadas profissionalmente para seguirem padrĂ”es prĂ©-definidos (especializaçÔes) e muitos estĂŁo dentro de uma forma (enformados) sem condiçÔes psicolĂłgicas de adquirirem uma nova forma Ăștil para a sociedade. As pressĂ”es no ambiente das empresas, quando a implementação de mudanças constantes, levam os indivĂduos a uma autodefesa psicolĂłgica, que alĂ©m da instabilidade emocional, tiram tambĂ©m a condição de participar deforma colaborativa com os colegas de trabalho. As empresas precisam cada vez mais que as equipes atuem de forma colaborativa e que os profissionais sejam mais criativos e inovadores, jĂĄ que estas competĂȘncias nĂŁo foram desenvolvidas anteriormente porque esta nĂŁo era forma de organização e desenvolvimento do trabalho. Fala-se muito da capacitação profissional para atender a disrupção tecnolĂłgica, mas precisamos tratar tambĂ©m da capacitação psicolĂłgica do indivĂduo para lidar com a disrupção das formas de organização e de desenvolvimento do trabalho. Saber lidar com a pressĂŁo psicolĂłgica, saber evitar e gerenciar conflitos, saber liderar quando hĂĄ turbulĂȘncias, saber construir um ambiente colaborativo para manter a condição competitiva da empresa junto ao mercado e saber ensinar o equilĂbrio emocional, sĂŁo competĂȘncias que sĂł poderĂŁo ser aplicadas por quem tem uma InteligĂȘncia Emocional bem desenvolvida. Muito se ouve dos profissionais de RH âmais se admite pelas competĂȘncias tĂ©cnicas e mais se demite pela falta de competĂȘncias comportamentais ou psico/emocionaisâ. Muito investimento em capacitação tĂ©cnica e em gestĂŁo de negĂłcios tem sido feito, mas tanto para o sucesso profissional como para sucesso empresarial, Ă© necessĂĄrio se faz tambĂ©m o investimento no desenvolvimento da InteligĂȘncia Emocional. Existem poucos profissionais com InteligĂȘncia Emocional desenvolvida, mas esta Ă© uma competĂȘncia essencial e primordial para sobrevivĂȘncia dentro do novo cenĂĄrio de negĂłcios. E vocĂȘ, como estĂĄ com a sua InteligĂȘncia Emocional? Rubens Borges Ă© especialista em neuropsicopedagogia, consultor em Processos e Mudanças Organizacionais e em Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Ă professor convidado do Pecege.
Por que desenvolver a InteligĂȘncia Emocional?
Autor (a)
Ana RĂzia Caldeira
Boa ouvinte, aprecio demais os momentos em que posso ver o mundo e conhecer as coisas pelas palavras das outras pessoas. NĂŁo por menos, entrei para o jornalismo. E alĂ©m de trazer conteĂșdos para o Next, utilizo minhas habilidades de apuração e escuta para flertar com a mini carreira de apresentadora nos stories do MBA USP/Esalq, no quadro VocĂȘ no Camarim.
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