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Entenda como usar a empatia para uma gestão humanizada

O modelo de gestão humanizada vem se popularizando nas empresas. Por usar a empatia, ele desenvolve a saúde corporativa ao valorizar o relacionamento, interação e bem-estar de todos, melhorando a produtividade. Além disso, com um mercado profissional competitivo, uma liderança empática também é importante para a retenção de talentos, pois o funcionário entende que seu potencial é reconhecido por seu superior. “A empatia é uma das conquistas que um gestor pode ter para si. Ela serve como pilar de desenvolvimento externo e interno, pois só é possível acessá-la se souber reconhecer o tipo de sentimento que outras pessoas estão vivendo em benefício de todos”, conta a professora dos MBAs USP/Esalq, Sirley Almeida.

Na prática

Reconhecer as diferenças entre os funcionários e trabalhar a empatia para uma gestão humanizada, a princípio, requer reformulações nas práticas de liderança. A interação de poder de um chefe sobre sua equipe, presente no modelo de gestão vertical, já não encaixa nesse novo parâmetro. “Notamos essa gestão humanizada quando o líder adota, junto a seus liderados, reuniões sistematizadas e liberdade de participação para fazer perguntas e opinar”, ressalta Sirley. Para ela, deixar as portas abertas para que as pessoas efetivamente resolvam questões com a gerência, sejam elas pessoas ou profissionais, torna o ambiente mais receptivo. Outra prática para isso seria o uso de feedbacks, não somente o do gestor para a equipe, mas também o retorno de ambos para expressar seus pontos de vista sobre como anda o relacionamento corporativo. A professora lembra ainda que a abertura para apresentar os pontos de divergência e opiniões ajuda a equipe a resolver seus próprios conflitos. “Equipes crescem à medida que criam uma base de confiança”, observa.

Dinâmica

Por pensarem e sentirem de forma diferente, as pessoas veem na figura do líder um ponto onde deve ser centralizado o fluxo dos conflitos. Quando o gestor tem que acompanhar grandes equipes, a tarefa de mediar pontos de crises pode se tornar impossível. Como desafio em grandes organizações, a professora lembra que um gestor deve transmitir a capacidade de trabalhar empatia com seus subordinados mais diretos que, por sua vez, deverão se espelhar nessa lição empática e desenvolvê-la junto das demais equipes. “Cabe ao líder disseminar boas atitudes em termo de relacionamento. Sem dúvidas, através de seu exemplo, as pessoas se sentirão estimuladas para tomar atitudes mais corretas uns com os outros dentro de uma gestão humanizada”, ressalta.

Por onde começar

O modelo de liderança empática para desenvolver uma gestão humanizada tem sido o ponto mais enfatizado nas organizações. Sirley explica que o movimento se deve a inovação presentes em equipes de sucesso. “Ações mais humanas nos remetem a maior colaboração, maior possibilidade de olhar o outro como igual. É impossível imaginar o insucesso de uma empresa quando estão todos tão unidos assim”, conta. Contudo, a liderança empática não significa falta de autoridade focalizada em uma pessoa, já que sempre haverão importantes pontos para serem solucionado com um gestor servindo de guia. “Isso não significa ser condescendente com tudo, mas sim procurar saber quais são os mobilizadores e motivadores uns dos outros”. A professora conclui que esse é o ponto de mudança para distanciar lideranças soberanas para um relacionamento de equipes mais democrático.   Gostou do tema? Veja também como desenvolver equipes com alto desempenho 🙂

Autor (a)

Ana Rízia Caldeira
Ana Rízia Caldeira
Boa ouvinte, aprecio demais os momentos em que posso ver o mundo e conhecer as coisas pelas palavras das outras pessoas. Não por menos, entrei para o jornalismo. E além de trazer conteúdos para o Next, utilizo minhas habilidades de apuração e escuta para flertar com a mini carreira de apresentadora nos stories do MBA USP/Esalq, no quadro Você no Camarim.

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