O cooperativismo financeiro cresce de forma significativa no Brasil. Segundo dados do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), o número de cooperados aumentou 198,4% em 10 anos, passando de 3,21 para 9,58 milhões entre 2007 e 2017. Entre os fatores que têm impulsionado o segmento, destacam-se a constituição do FGCoop, que confere maior segurança aos investidores e depositantes, bem como o crescimento do número de unidades de atendimento cooperativo. Segundo Ênio Meinen, diretor de operações do Bancoob e professor do MBA USP/Esalq em Gestão em Cooperativas de Crédito, essa evolução favorável levou à contratação de muitos profissionais, que passaram a somar esforços para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. “Não somente ingressantes como também profissionais que atuam há mais tempo se deparam com os desafios de um mercado complexo, competitivo e altamente regulamentado. Por isso, é muito importante que cooperados e colaboradores busquem atualização e conhecimentos específicos”, afirma Meinen.
Governança Cooperativa
Os desafios enfrentados pelo segmento, em uma trajetória ascendente e repleta de conquistas, colocam em evidência aspectos como experiência, formação acadêmica e uma boa gestão. A própria legislação brasileira, através da Lei Complementar n° 130, de 2009, recomenda a adoção das melhores práticas de governança, o que envolve uma clara separação entre a gestão estratégica e a direção executiva, bem como a instituição de órgãos de controle e fiscalização. A separação entre a gestão estratégica e a execução das operações (realizadas pelo conselho de administração e pela diretoria executiva, respectivamente) é obrigatória para cooperativas plenas e clássicas cujo volume médio de ativos, nos três últimos exercícios, tenha atingido R$ 50 milhões. De acordo com Meinen, as práticas de governança cooperativa também têm sido adotadas por um bom número de entidades de segundo e terceiro níveis (centrais e confederações) que, mesmo não tendo essa obrigação, reconhecem a sua importância ao longo de todo o sistema. Em um contexto de crescente profissionalização por parte das cooperativas de crédito, nada mais natural que a busca por novos conhecimentos e competências, que sejam úteis aos colaboradores e dirigentes engajados no movimento. “Entre as iniciativas de formação acadêmica, destaca-se o curso de MBA em Gestão de Cooperativas de Crédito oferecido pela USP/Esalq, cuja programação abrange o contexto institucional e econômico do cooperativismo, as ferramentas de apoio à gestão e a gestão da operação propriamente dita”, conclui Meinen. Já conhece o MBA USP/Esalq em Gestão em Cooperativas de Crédito? É um curso de pós-graduação lato sensu da Universidade de São Paulo, oferecido na modalidade EaD (ensino a distância), com duração de 18 meses. O curso é voltado a profissionais que já atuam na área de cooperativas ou planejam trabalhar no setor. Para mais informações sobre o curso, clique aqui.