Os benefícios do cooperativismo e as perspectivas para o futuro serão abordados em palestra programada para o segundo dia do SIM. O evento acontece no campus da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), em Piracicaba (SP), nos dias 15 e 16 de dezembro. “Não vejo modelo de negócios que atenda melhor às necessidades das pessoas”, comenta o professor e empresário José Carlos de Assunção. “Especificamente nas cooperativas de crédito são praticados juros muito inferiores aos bancários, além de muito menos tarifas. E há possibilidade de distribuição de sobras no fim do ano”, explica. Embora organizações embrionárias do cooperativismo de crédito existam desde o início do século 20 no Brasil, o ‘boom’ do setor só ocorreu muito depois, nos anos 1990. Foi neste período que houve uma mobilização mais expressiva de lideranças e o entendimento do governo de que as cooperativas são instrumentos de mais fácil acesso à produtos financeiros, informa o professor. “Há ainda um potencial muito grande de crescimento e, sendo bom como é, precisa chegar a mais gente”, cita Assunção. Segundo ele, as cooperativas de crédito hoje representam entre 3,5% e 4% do sistema financeiro nacional. A expectativa a médio e longo prazo é de que esse número chegue à casa de dois dígitos nos próximos anos. “Seria muito bom, porém sair de 3,5% para 10% é quase uma ‘operação de guerra’, mas é possível. O cooperativismo precisa fazer, como já tem feito, a lição de casa, com potencialização do profissionalismo e de posicionamento”, afirma.
Agricultura
As cooperativas de crédito, destaca Assunção, tiveram grande impulso em função da necessidade de crédito na agropecuária. Muitas, inclusive, nasceram neste meio. Hoje, entretanto, há uma difusão maior entre os setores econômicos. “Os empresários descobriram nas cooperativas de crédito um bom mecanismo para alavancar os negócios”, diz. A palestra Cooperativismo hoje e as perspectivas para o futuro acontece no dia 16 de dezembro, das 10h30 às 12h30. Ficou interessado no tema? Inscreva-se aqui.