Há tempos que as funções do RH ultrapassam atividades operacionais como folha de pagamento, benefícios, demissões e treinamentos. “Hoje, o profissional da área conversa com as lideranças da empresa para alinhamento das estratégias, trabalha engajamento, bem estar e desenvolvimentos dos funcionários”, afirma Adriana Caldana, professora do MBA USP/Esalq na disciplina de Gestão de Pessoas. Cada vez mais estratégico dentro das organizações, o segmento ganhou novos cargos, estruturas e ferramentas. Confira alguns: Business Partner (consultor interno de RH) – O trabalho desse profissional é analisar quando deve usar as políticas já estabelecidas pela organização ou criar uma prática específica para aquela unidade ou aquele cliente interno. “Para isso, é preciso ter um sistema para aliar políticas e práticas”, diz Adriana. Big Data nos recrutamentos – Prática bastante difundida nos Estados Unidos, utiliza algoritmos e sistemas baseados em inteligência artificial para seleção de candidatos. “No Brasil, a Ambev é um exemplo de empresa que utiliza essa ferramenta. Os algoritmos cruzam informações variadas, desde a timeline das redes sociais do candidato até informações do perfil dele na smart tv e lugares que ele frequentou”, afirma a docente. Quando o candidato entra na entrevista, o RH tem esse levantamento que vai muito além do que ele posta na rede social. Monitoramento de desempenho – Existem duas formas de monitoramento. A mais tecnológica, que está sendo repensada pelas grandes corporações, é feita por meio de algoritmos que demonstram a avaliação de potencial do colaborador. “As empresas estão abrindo mão desse tipo de monitoramento e optando por uma gestão mais olho no olho, mais qualitativa, como a GE (General Electric) está fazendo”. A GE optou pela gestão de performance mais humanizada, na qual o gestor tem em mãos um budget (orçamento) para ser investido em sua equipe, seja por meio de premiações, bonificações, aumento de salário. “A gestão de performance avalia o potencial de cada colaborador e define promoções e desligamentos”.
Big Data para recrutar funcionários. Conheça as tendências para o RH
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