O cenário educacional vem passando por mudanças importantes, e entre elas está o reconhecimento de que cada estudante aprende de maneira única. Esse entendimento se fortalece ainda mais quando falamos sobre neurodivergência na educação, um tema que ganha espaço entre educadores, gestores e especialistas da área. Mas o que significa ser neurodivergente? E por que é tão essencial que os professores compreendam mais sobre TDAH, autismo, dislexia e outras condições neurológicas?
Compreender essas diferenças além de uma questão de empatia: é uma necessidade urgente para promover práticas pedagógicas inclusivas e garantir o direito à aprendizagem de todos os alunos.
Afinal, o que é neurodivergência e por que ela importa na escola?
O termo neurodivergência se refere a pessoas cujo funcionamento neurológico ou desenvolvimento cognitivo se desvia do que é considerado “neurotípico”. Isso inclui condições como:
- Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
- Dislexia
- Discalculia
- Transtorno do Processamento Sensorial, entre outros.
Dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) mostram que 1 em cada 36 crianças é diagnosticada com autismo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que o TDAH afete cerca de 5% a 7% das crianças em idade escolar no mundo. Esses números revelam uma realidade que está dentro da sala de aula.
Os desafios enfrentados por alunos e professores
Alunos neurodivergentes enfrentam uma série de obstáculos quando o ambiente escolar não está preparado para acolher suas necessidades. Entre os principais desafios estão a falta de diagnóstico precoce, metodologias de ensino inflexíveis, falta de formação continuada e adequado dos professores, preconceitos, entre outras questões.
Para os professores, a ausência de preparo específico sobre o tema gera insegurança e frustração. Muitos relatam não saber como agir diante de comportamentos atípicos, como lidar com a falta de foco ou com dificuldades na socialização.
Como a neurociência pode apoiar práticas pedagógicas mais inclusivas
A boa notícia é que a neurociência educacional vem oferecendo ferramentas valiosas para transformar essa realidade. Ao estudar como o cérebro aprende, retém informações e responde a estímulos, a neurociência nos ajuda a criar estratégias pedagógicas mais eficazes e inclusivas.
Por exemplo, entender que o cérebro de uma criança com TDAH possui maior dificuldade em regular a atenção e o comportamento impulsivo permite ao educador desenvolver rotinas mais estruturadas, atividades com intervalos regulares e recursos visuais para ajudar na organização.
Já no caso do autismo, saber que há padrões diferentes de comunicação e sensibilidade sensorial possibilita ajustar a linguagem, reduzir estímulos excessivos e criar espaços seguros para que o aluno se expresse de forma autêntica.
O professor como agente de transformação com MBA USP/Esalq
O papel do professor vai muito além de transmitir conteúdo. Ele é também um facilitador da aprendizagem e um ponto de apoio essencial para o desenvolvimento integral dos estudantes neurodivergentes. Para isso, é fundamental investir em formação contínua que amplie a compreensão sobre o funcionamento do cérebro, o impacto dos transtornos do neurodesenvolvimento e os caminhos para uma prática mais justa, acolhedora e eficaz.
É por isso que o curso de Especialização em Neurociência e Aprendizagem na Educação oferece uma formação sólida para educadores que desejam transformar sua atuação em sala de aula. Com uma abordagem atual e prática, o curso conecta as descobertas da ciência do cérebro às reais demandas do cotidiano escolar, preparando os professores para ensinar com mais empatia, estratégia e consciência.
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Escrito por Bianca de Oliveira