Você compreende até onde uma boa história pode levar sua marca e as oportunidades que ela pode criar? No universo corporativo, criar um storytelling para impactar pode significar mais e melhores resultados.
Isso porque histórias cativam, despertam sentimentos e nos ajudam a criar percepções, seja no contexto pessoal ou profissional. Por esses motivos, entender sobre essa ferramenta e aplicá-la no ramo empresarial é essencial para quem deseja impactar e crescer no mercado.
E os impactos podem ser bem positivos quando a técnica é bem utilizada. Quem traz essa afirmação é Martha Terrenzo, professora do MBA em Gestão de Vendas USP/Esalq, que nos explica sobre o bom uso do storytelling e como criar histórias que vão transformar seu negócio! Confira nesta matéria!
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Impactos do storytelling nas vendas
Falando sobre o storytelling no contexto empresarial e de vendas, especialmente, é importante entender que a ferramenta não é um formato, mas um modelo de comunicação que pode ser usado tanto no B2B (business to business, ou de empresa para empresa, em tradução), no B2C (business to consumer, ou de empresa para consumidor, em tradução) e na vida pessoal – com a narrativa de cada pessoa.
Martha explica: “Precisamos entender que não existem diferenças entre o B2B e o B2C quando falamos de storytelling. Afinal, a ferramenta utiliza histórias que sempre acompanham um protagonista, uma empresa, uma marca, um desafio, uma superação ou mesmo um aprendizado, e é utilizada como modelo para redigir redações, fazer pitches para a área de vendas, no currículo profissional ou, onde é mais conhecida, na Publicidade e Propaganda.”
“Então, hoje, quando utilizamos o chamado storytelling business, não existe essa diferenciação entre B2B e B2C, porque histórias são sempre histórias. O que vemos com frequência é que o mercado B2B, conservador e profissional, tem um certo preconceito com o mercado B2C, que está um pouco mais avançado nesse sentido”, afirma a professora.
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Como construir um storytelling para impactar?
Segundo a professora: com um bom mindset. “Se o mindset da empresa está focado somente nas vendas, ela automaticamente deixa de agregar valor à marca. O fato é que existe, sim, um tradicionalismo em algumas áreas, em que as empresas e pessoas ainda possuem esse mindset antigo e focado somente em vendas.
Outro fator importante é que o storytelling para impactar tem que ser autêntico. “Não podemos contar mentiras ou ‘meias verdades’, se não pecamos na questão ética. Nesse ponto, há muitas marcas que são exemplos de casos de falência por contarem mentiras no mercado. De alguma forma a verdade é descoberta, e o mercado não perdoa”, afirma Martha.
Cuidados na criação
A professora explica quais cuidados e atenções são importantes no processo de criação de um storytelling e os principais riscos.
“Como ponto de partida para utilizar o storytelling, é fundamental entender o propósito e estratégia da empresa ou negócio. Ou seja, entender para quem ele é destinado, qual o prazo, a aplicabilidade e o sentido”, orienta.
“Como o storytelling tem diversas aplicações, é necessário entender sua destinação e compreender a ferramenta, tomando cuidado para contar uma história séria e com embasamento e adequação ao modelo de negócios da empresa. Não adianta utilizar um modelo sofisticado para uma empresa que se encontra no estágio inicial da contagem de histórias.”
Cases de sucesso
Martha apresenta diversos cases de empresas que souberam utilizar o storytelling para crescer.
“O case da HP é muito legal. Ele se chama The Wolf, e utiliza o tema Cyber Security para falar sobre vendas de impressoras para empresas utilizando o storytelling em um formato totalmente diferente do que o B2B costuma usar, e gerando um resultado muito positivo: crescimento de 35% em vendas.”
“Outro exemplo é o Intel Beauty Inside, ou, traduzido ‘beleza interior da Intel’, que foi uma ideia da Intel para vender um microprocessador. Esse storytelling foi feito em um modelo interessante, com cinco capítulos transmitidos nas redes sociais com o objetivo de rejuvenescer a marca e fazer uma parceria com a Toshiba, empresa que trabalha com um produto mais pesado e possui menos penetração. Nesse caso, eles conseguiram alcançar o público jovem da Intel e trazer um aumento de 300% em vendas para a Toshiba.”
A professora continua: “Quando falamos de comunicação e marketing, os investimentos devem ser focados em médio e longo prazo. Existem empresas como a Lego, por exemplo, que não depende mais somente da venda do produto, mas sim dos royalties que ela ganha em cada filme que faz. Isso é uma reinvenção de negócios e puro storytelling.”
Por último, ela cita o caso da Red Bull. “Hoje, a marca não se limita somente ao produto que leva seu nome, mas trabalha com eventos, rede de televisão, rádio e revistas. Ou seja, um outro modelo de negócios completamente diferente”, conclui Martha.
Dicas para construir um storytelling para impactar
A professora finaliza pontuando algumas dicas essenciais para a construção de um storytelling que impacte. Confira:
- Saber tudo sobre o storytelling, entendendo o que ele é e qual sua aplicabilidade;
- Disseminar a informação, permeando a empresa com histórias únicas e que alcancem a todos;
- Não mentir. O storytelling pune quem não fala a verdade, levando a resultados negativos no mercado;
- Focar também nos dados. Todo dado tem uma história, e toda história tem um dado. Chamamos isso de data storytelling, em que os dados são utilizados a favor da história para embasamento;
- Ter consistência, com começo, meio e fim;
- Planejar com cuidado o roteiro da história.
Assim, você contará a melhor história com base nos objetivos do seu negócio e poderá aplicar um storytelling que alcança e cativa a todos. Legal né?
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