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Metas de fim de ano: 5 dicas para tirar do papel

Dezembro é o mês das metas de fim de ano. Você é do time que se empolga na lista de tudo que quer realizar no próximo ano ou se identifica mais com as pessoas que preferem deixar as metas abertas?

Mesmo que tenha dificuldade de escrever ou compartilhar com as pessoas seus objetivos, com certeza você pensa nelas em algum momento do seu fim de ano.

E para não arquivar as boas intenções na gaveta, como diria o poeta Carlos Drummond de Andrade, o Blog MBA USP/Esalq conversou com as professoras Carol Shinoda e Marisa Bussacos, dos MBAs USP/Esalq, e reuniu dicas para você realmente tirar do papel as metas de fim de ano.

Primeiro, monte a lista

Antes de pensar em ações para tirar os planos do papel, é preciso colocá-los lá. E se você acha que essa tarefa é a mais fácil, pense sobre isso mais uma vez. Não basta escrever apenas aquilo que você quer para o próximo ano. É preciso pensar como viabilizar essas metas.

Para Carol, é importante colocarmos na lista de metas de fim de ano aquilo que gostaríamos muito de ver realizado. “Às vezes definimos planos para mostrar para a sociedade, mas o mais importante é que aquilo seja uma verdade intrínseca. E isso ocorre quando conseguimos olhar para dentro e pensar ‘por que conseguir uma promoção ou me casar ou realizar uma viagem é tão importante para mim?’ Assim, as dificuldades não serão um peso tão grande”, explica.

E sim, haverá dificuldades e imprevistos. Marisa complementa: “Se o objetivo não for genuinamente forte e claro dentro de nós, se não for suficientemente sólido, não temos forças, ânimo e vontade para superar essas dificuldades.”

Roda da vida

A dica da Carol para montar a lista é de metas é ter um olhar integral, para a vida como um todo. “Uma ferramenta interessante para ajudar nesse processo é montar a roda da vida: um círculo com oito ou seis categorias, como família, saúde, lazer, espiritualidade, trabalho, hobby, cuidados com a casa, finanças e o que mais for importante”, comenta.

No caso desta ferramenta, coloque um zero no meio do círculo e o número dez na borda, perto das categorias. Depois, marque um X em cada nicho, na altura que corresponde ao nível de prioridade na sua vida, sendo zero baixa prioridade e dez alta prioridade. Ao terminar, ligue os pontos e obtenha um panorama do seu momento atual.

Com isso em mãos, comece a reflexão sobre o que é realmente importante para você e foque nisso. Avalie como você está hoje em dia em cada aspecto e como gostaria de estar no próximo ano.

Deixa a vida me levar

Quem evita relacionar as metas de fim de ano pode estar passando por uma fase mais desanimada, mas os planos podem ajudar a melhorar o humor. “Nessas ocasiões em que as pessoas não se sentem incentivadas a pensar no futuro, é preciso encontrar motivos intrinsecamente relevantes”, comenta Carol.

Para isso, as professoras elencam duas atividades fundamentais:

  • Criar tempo: O tempo passa constantemente e cabe a cada um de nós saber usá-lo a nosso favor para definir os rituais semanais de ligação com nós mesmos e com o que é realmente importante para nós.
  • Autoconhecer-se: Essa conexão pode ocorrer de várias formas, em diversos momentos. Algumas pessoas conseguem na terapia, outras com reuniões familiares, outras com orações à noite ou escrevendo em diários ou em conversas com parceiros antes de dormir.

Esses rituais de autoconhecimento devem ser frequentes para que, depois de meses ou anos, você não perceba que está seguindo por um caminho muito desconectado do que é importante para você. “Os ‘momentos de respiro’ são essenciais para acordamos o nosso querer. Com esse querer ativo, fica mais fácil criar a imagem do futuro desejado”, ressalta Marisa.

A professora ainda enfatiza que aquela ideia de que somos uma média das cinco pessoas com quem mais convivemos deve ser levada a sério quando o assunto é desânimo. “Devemos escolher bem o que assistir, o que ler, quais pessoas seguir e com quem queremos conviver. Traga para mais perto pessoas que acreditam e vão atrás de melhorar sempre”, desafia.

Claro que a vida flui e você pode optar por não fazer uma lista com planos, mas isso é só uma parte. A outra parte imprescindível para concretizar objetivos depende de canalizar energia para o que queremos que aconteça. A ideia é que isso ocorra várias vezes ao ano, durante toda a vida. 

Definir metas de fim de ano é um ato de coragem

Ao listar seus objetivos, mesmo que não os exponha para o mundo, você coloca seus desejos e vontades para fora, assumindo o que realmente quer e ficando mais vulnerável. “Por exemplo, se você coloca como meta encontrar um namorado e não o encontra, você sabe que não está no caminho de sucesso que definiu para você. Você está fracassando”, ressalta Carol.

Por isso que o autoconhecimento é um forte aliado para a realização das metas de fim de ano, sendo fortalecido por uma boa rede de relacionamentos. Esses contatos nos ajudam a olhar para os planos e avaliar se eles fazem sentido. Também ajudam a ver se tem algum objetivo que estamos evitando, mas que precisamos dar atenção.

Vale também tentar encerrar o ano anterior de bem consigo mesmo para conseguir fazer um ano novo melhor. “Colocar um ponto final em uma conversa incômoda, mudar de hábitos, encerrar padrões e exercitar a gratidão pelo que foi conquistado ajuda a finalizar ciclos de forma estruturada, com honestidade com você e as pessoas ao seu redor”, explica Marisa.

Tire da gaveta

Mesmo que você não queira expor suas metas de fim de ano para todo mundo, elas não podem ficar na gaveta caso seu desejo seja realizá-las. A dica da Marisa é colocar os sonhos e promessas em um lugar que você veja todos os dias: vale colar no espelho, em porta de armário e até na sua mesa no escritório.

Como os elementos visuais têm bastante impacto no nosso cérebro, uma opção é desenhar ou fazer colagens do “eu brilhante” (nossa versão que corre atrás dos objetivos) efetivamente realizando o que é almejado. “Essa frase pode ajudar a construir essa imagem: o medo de um futuro de tememos só pode ser superado com imagens de um futuro que queremos”, completa a professora.

Não se esqueça que todo grande plano começa com pequenas ações. “Quais são os primeiros passos para que você atinja sua meta? Cuidado para não se desafiar além da medida e acabar paralisado, procrastinando. E lembre-se de começar agora, sem deixar para depois”, recomenda.

Marisa sugere a criação de três metas para o próximo ano, com ações discriminadas para cada uma delas, de forma bem específica com nomes de quem pode ajudar e datas. Vamos lá?

Quais metas de fim de ano você já definiu? Comente!

Autor (a)

Marina Petrocelli
Marina Petrocelli
Mais de 12 anos se passaram desde minha primeira experiência com Comunicação Social. Meus primeiros anos profissionais foram dedicados às rotinas de redações com pouca ou nenhuma relevância digital. O jornalismo plural se resumia em apurar os fatos, redigir a matéria e garantir uma foto expressiva. O primeiro sinal de mudança veio com a proposta para mudar de realidade e experimentar um formato diferente de produzir. Daí pra frente, as particularidades do universo do marketing se tornaram permanentes. Ah! Também me formei em Direito (com inscrição na OAB e tudo). Mas nem tudo se resume às minhas habilidades profissionais. Como produtora de conteúdo, me interesso por boas histórias, de pessoas reais ou em séries, filmes e livros, especialmente distopias. Gosto de montar roteiros de viagens e reconhecer estrelas e constelações em um aplicativo no celular. Museus, música e arte no geral chamam minha atenção, assim como cultura pop.

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