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Nova era de compras: o que ainda falta no e-commerce brasileiro?

Comprar pela internet é um movimento crescente e sem volta. O e-commerce já abraçou diversas categorias e o mix de produtos oferecidos só aumenta. Mas a nova era de compras carrega ainda mais exigências do público consumidor, levando ao questionamento do que ainda falta ser oferecido nas plataformas de compras online.

Pouco tempo atrás, parecia impossível adquirir certos tipos de produtos e serviços em sites. Hoje existe uma demanda para tornar quase tudo disponível online. Isso inclui compras de supermercado, uma das últimas barreiras enfrentadas pelo e-commerce brasileiro.

Segundo o consultor de negócios nas áreas de Omnichannel, e-commerce e marketplace, Fabio Barros, até então o comércio online no brasil tinha apresentado uma oferta de produtos para consumo tradicional, como eletrônicos, moda, acessórios e perfumaria.

“Eles são considerados itens, porque apresentam uma composição fácil de se implementar em sites”, conta. “Atualmente as áreas de supermercado e alimentação já estão sendo inseridas em plataformas para que as pessoas possam reabastecer suas casas e até mesmo fazer as compras de forma mais rápida”, completa.

Supermercado em um clique

A nova era de compras abre ainda mais o leque de comodidade, possibilitando a entrega de compras domésticas essenciais. Grandes redes de supermercados já estão criando suas próprias plataformas de e-commerce para oferecer essa facilidade.

“Toda a linha chamada de grocery, que se refere à alimentação e reabastecimento, já faz parte dessa onda de compras”, observa Barros.

Em uma plataforma tradicional de compras, com site listando produtos do estoque, com poucos cliques o cliente enche seu carrinho virtual com itens da despensa. O pedido é completado e enviado para casa logo após o fechamento da compra.

Mas um modelo que vem se destacando no comércio online dos supermercados é o aplicativo Rappi, que disponibiliza um shopper para fazer as compras pelo usuário.

“As empresas estão aderindo a ele porque, além de o cliente fazer as suas compras comuns de supermercado, existe a facilidade de ter uma pessoa deixando o pedido na porta do comprador” explica Barros.

Um caminho a percorrer

A nova era de compras revolucionou a aquisição de produtos e serviços em todos os sentidos. Irrefreável, ela já atingiu inclusive o setor imobiliário, que já faz uso da realidade virtual e aumentada para praticar vendas online. Os clientes podem visitar e fechar negócio de um imóvel sem sair de casa. 

Entretanto, para itens que demandam entrega, ainda existem barreiras que colocam o e-commerce brasileiro em lenta evolução. A principal hoje em dia, segundo Barros, é a logística.

“Se estou em São Paulo e tenho pedidos nos estados do Nordeste, vou encontrar um diferencial de alíquotas além do custo de trânsito para chegar até lá. Isso encarece demais a minha oferta final”, comenta Barros.

Por mais que cada estado tenha suas particularidades, muitas vezes um produto pode chegar ao consumidor custando o dobro. Nessa conta se considera ainda o valor de transporte, obrigando a muitas lojas a atender somente clientes do mesmo estado.

“Nós sabemos que o frete é um dos fatores que mais desanimam o fechamento de uma compra. Por isso é importante oferecer opções que não forcem o seu cliente a abandonar o carrinho e correr para a concorrência. Sem dúvida, isso é algo que ainda falta no planejamento do e-commerce brasileiro”, ressalta.

Atualização na nova era de compras

Para seguir as novas exigências do varejo online, o diferencial será acompanhar as tendências e buscar por atualizações. “O lojista definitivamente precisará voltar para a escola”, observa Barros.

A indicação do consultor para quem nunca trabalhou com e-commerce é estudar seus princípios básicos antes de se aventurar em uma plataforma.

“Muitas vezes as pessoas entram na ondam e acreditam que para conseguir sucesso e retorno rápido é preciso apenas montar um site e colocar o produto para vender, mas não é tão simples assim”, lembra.

Barros comenta ainda que esses são apenas os primeiros passos, pois além de investir em loja e em tecnologia, é preciso investir em conhecimento.  

“Quando o empreendedor de e-commerce se atualiza, ele se prepara para entender como é o mercado, o que é seleção de preços, marketing dos negócios, controle de estoque, contabilidade e demais itens que montam um e-commerce forte”, finaliza.

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Autor (a)

Ana Rízia Caldeira
Ana Rízia Caldeira
Boa ouvinte, aprecio demais os momentos em que posso ver o mundo e conhecer as coisas pelas palavras das outras pessoas. Não por menos, entrei para o jornalismo. E além de trazer conteúdos para o Next, utilizo minhas habilidades de apuração e escuta para flertar com a mini carreira de apresentadora nos stories do MBA USP/Esalq, no quadro Você no Camarim.

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