Economia compartilhada é um conceito que vai além de apenas um novo modelo para poupar o bolso de quem compra o serviço. Ela diz muito sobre consumo consciente e sustentável, sendo uma nova alternativa ao modelo tradicional para se fazer negócios. A economia compartilhada é basicamente dividir os produtos e serviços comprados, de forma colaborativa. Hoje já existem diversas empresas voltadas para essa colaboração no consumo em vários segmentos, como caronas, aluguel de carros, hospedagem e até para cuidador de animais domésticos. Essas empresas oferecem o mesmo serviço de uma empresa tradicional, mas de forma mais humanizada e com preços competitivos. Para entender o conceito e o impacto que causa na economia tradicional, a equipe do Next conversou com Eduardo L’Hotellier, CEO do GetNinjas, a maior plataforma de contratação de serviços da América Latina. Segundo ele, as pessoas estão se adaptando a esse modelo de negócio e a segurança é uma das questões essenciais para o consumidor. “A tecnologia vem para ajudar neste processo de confiança, colocando recursos que aumentam a segurança na contratação de serviços e diminuindo fraudes”, afirma.
Impacto
O impacto da economia compartilhada na sociedade vai além de apenas influenciar os modelos tradicionais de negócio. “Com esta economia colaborativa surgem novas formas de fonte de renda e emprego através da prestação de serviços”, diz L’Hotellier. É um modelo que cresce cada vez mais no Brasil. “Tenho uma visão otimista em relação a este novo modelo de negócio”, declara o CEO. “As duas economias ainda vão andar juntas por muito tempo, mas a tendência é de que a sociedade fique cada vez mais consciente para o consumo por demanda”, completa. A economia compartilhada também incentiva uma cultura de consumo consciente e sustentável, trazendo economia de tempo e dinheiro. “Faz com que as pessoas combatam o consumo excessivo, evitando desperdício, economizando dinheiro e também ajudando o próximo.”
Humanização
Humanizar o negócio é o desafio de muitas empresas que tentam “encaixar” os valores da economia compartilhada no modelo tradicional de consumo. Hoje em dia, os consumidores valorizam mais uma empresa que tenha um bom relacionamento com os clientes e atendimento humano do que uma marca de nome. Isso também é uma vantagem da economia compartilhada. Em geral, esse modelo lida diretamente com as pessoas, então acaba criando muito mais empatia durante o negócio. “Pelo fato de uma pessoa estar realizando o serviço no lugar de uma empresa com muitos responsáveis pelo mesmo serviço, por exemplo, o cliente consegue não só acompanhar melhor o processo daquele serviço do começo ao fim como confiar no resultado”, defende L’Hotellier. O CEO ainda usou como exemplo o próprio GetNinjas, que disponibiliza a contratação de passeadores de cães. Lá, o usuário pode avaliar esse profissional e o próximo cliente vai saber que ele vai cuidar bem do bichinho de estimação. “Cria-se então um laço de confiança e até mesmo de amizade”, finaliza. Se interessou pelo assunto? Leia também o artigo Economia Compartilhada: uma nova realidade no mundo dos negócios, escrito pelo professor do MBA USP/Esalq Rubens Borges.