Falar sobre educação pode ser delicado em muitos aspectos, principalmente quando tratada como parte do mercado de trabalho. É estranho relacionar um tema tão importante para a sociedade a um contexto mercadológico. Por isso, a equipe do Next conversou com a assistente de coordenação do MBA USP/Esalq em Gestão Escolar, Maria Cecília Fuchs, para entender quem são essas pessoas que trabalham no setor, como é a profissão e o que envolve. “Eu acho que educação nunca vai estar ‘em baixa’, tendo em vista que é uma questão essencial na vida de todo mundo. Ela está aí para desenvolver econômica e socialmente a sociedade”, afirma. Por conta disso, sempre haverá demanda de diretores, coordenadores, equipe gestora como um todo e, claro, professores, conta Maria.
Faixa etária
Segundo Maria Cecília, a maior parte do setor de gestão escolar tem profissionais com faixa etária de 35 a 45 anos. “Isso porque nas secretarias estaduais e redes municipais para entrar no cargo de gestão tem algumas exigências, como o tempo de magistério”, justifica. Para ingressar na rede estadual de São Paulo como coordenador, por exemplo, é preciso ter diploma de licenciatura plena e ter no mínimo três anos de experiência. A assistente de coordenação acrescenta que cada estado e município tem requisitos próprios.
Rotatividade
A rotatividade dos membros da equipe gestora de uma escola depende muito se a instituição é pública ou privada. Conforme explica Maria Cecília, na rede pública é mais comum uma rotatividade maior. “Na Prova Brasil, em que há perguntas sobre quantos anos o diretor está no cargo, a maioria deles falam que estão há menos de dois anos. Já na rede particular, existem casos de diretores que estão há mais de 20 anos no mesmo cargo”, diz. Para continuar por tanto tempo gerindo uma escola, é preciso se manter atualizado, inovar o conhecimento. “Tem que investir na formação, em cursos e em inovação para a escola”, completa.
Salário
Falar de salário em um país com realidades tão distintas é difícil. Ainda assim, a assistente de coordenação do MBA explicou que existe uma média. Para diretores, o valor gira em torno de R$ 4 mil e para coordenadores pedagógicos por volta de R$ 3 mil. “Claro que depende da região, se a instituição é pública ou particular, do porte da escola, tempo de serviço e experiência”, ressalta. Se interessou pelo assunto? Entenda o MBA em Gestão Escolar USP/Esalq online.