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Como a InteligĂȘncia Artificial deve mudar o mercado de trabalho

Daqui hĂĄ alguns anos, seu posto de trabalho pode ser ocupado por uma mĂĄquina. Essa afirmação pode atĂ© ser uma verdade – talvez um pouco exagerada – mas a boa notĂ­cia Ă© que os empregos nĂŁo vĂŁo simplesmente desaparecer: devem se modificar. “Novas ferramentas muitas vezes surgem com ares de que vĂŁo roubar o lugar do profissional, mas nĂŁo acredito nisso. Os empregos no futuro deverĂŁo, sim, ser colaborativos e a mĂĄquina farĂĄ o trabalho repetitivo, denso e volumoso”, comenta Luana Moro, gestora da equipe de InteligĂȘncia Artificial do Pecege.  

Mudanças trazidas pela InteligĂȘncia Artificial

Luana cita que, ao longo da histĂłria da evolução humana, os empregos naturalmente se moldaram. A Revolução Industrial, por exemplo, alterou significativamente o mercado de trabalho, atĂ© entĂŁo de manufatura. A InteligĂȘncia Artificial nĂŁo exterminarĂĄ postos de trabalho, mas trarĂĄ mudanças considerĂĄveis, em sua opiniĂŁo. “Na Nasa, por exemplo, imagine se fossem calcular todas as rotas de todos os foguetes manualmente? Seriam muitas pessoas fazendo tudo isso por anos, fora a procura por talentos, que seria intensa. Essa tarefa densa (de cĂĄlculo, por exemplo) Ă© o que as mĂĄquinas fazem. Elas nĂŁo tiram empregos, mas os transformam”, aponta.  

MĂĄquinas x humanos

A InteligĂȘncia Artificial replica hĂĄbitos humanos e atua com reconhecimento de padrĂ”es. Pesquisas jĂĄ apontaram, por exemplo, que mĂĄquinas podem ser mais eficientes que humanos na detecção do cĂąncer – para conseguir esses resultados, os pesquisadores treinaram a rede neural usando imagens de 100 mil lesĂ”es de pele malignas e benignas. A precisĂŁo da IA foi de 95%. Essas mĂĄquinas, no entanto, nĂŁo substituirĂŁo mĂ©dicos, diz Luana. “Elas auxiliarĂŁo de forma complementar, contribuindo no diagnĂłstico.” Situação similar ocorre na tradução de textos. MĂĄquinas hoje jĂĄ sĂŁo capazes de traduzir uma grande quantidade de texto de forma cĂ©lere, fazendo o serviço mais “pesado” da tradução que antes era todo “feito Ă  mĂŁo”. Ao profissional especializado, cabe analisar, revisar e complementar a tradução, cita Luana.  

Geração de empregos

Apesar do receio quanto Ă  perda de empregos com o avanço da IA, o setor na verdade tende a recrutar mais do que dispensar. AtĂ© porque as mĂĄquinas precisam ser projetadas e “ensinadas”, jĂĄ que aprendem baseada em padrĂ”es. “VocĂȘ nĂŁo precisa ser um cientista de dados para trabalhar com IA. VĂĄrias sĂŁo as ĂĄreas aplicĂĄveis. Um desenvolvedor, por exemplo, nĂŁo sabe de linguĂ­stica, entĂŁo esse trabalho serĂĄ feito pelo profissional especĂ­fico desta ĂĄrea”, aponta Luana. A IA vai melhorar a produtividade em muitas funçÔes e, se eliminarĂĄ alguns postos de trabalho, criarĂĄ milhĂ”es de novas posiçÔes de trabalho altamente qualificado. Segundo o relatĂłrio Predicts 2018: AI and the Future of Work, do Gartner, atĂ© 2020 serĂŁo geradas mais de 2,3 milhĂ”es de vagas de trabalho pela InteligĂȘncia Artificial contra 1,8 milhĂŁo de empregos suprimidos. Entre os postos de trabalho jĂĄ criados a partir das necessidades da IA estĂŁo os de analista de otimização (profissionais de diversas ĂĄreas que trabalham na otimização dos softwares de IA) e data labelling (profissionais responsĂĄveis por inserção de tags em softwares como os de vĂ­deo por streaming, por exemplo). “O medo de perder o emprego pode estar mais relacionado ao nosso comodismo do que Ă  IA necessariamente. HaverĂĄ muita mudança sim e o que fica Ă© que precisamos estar atentos e buscarmos conhecimento, alĂ©m de sabermos como trabalhar em colaboração com as mĂĄquinas”, conclui Luana. Quer saber mais sobre o assunto? Entenda por que investir em IA e Iot!

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