A evolução da IA (Inteligência Artificial) e da IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas) têm atraído atenção de empresas que utilizam recursos tecnológicos em seus serviços. Atualmente essas tecnologias estão presentes em carros autônomos, assistentes pessoais, cirurgias operadas por robôs, casas inteligentes, recomendações de filmes e músicas, dentre outros exemplos. “O uso dessas tecnologias tem avançado em praticamente todas as áreas e de forma muito rápida e está começando a deixar para trás aquelas empresas que não se adaptam e não fazem uso desses recursos”, afirma o pesquisador em IA do Pecege, Lucas Guerreiro, que é doutorando em Ciências da Computação e Matemática Computacional com foco em Inteligência Artificial pela USP e mestre na mesma linha de pesquisa pela UNESP. IA: inteligência humana em máquinas Quem nunca ouviu a história do supercomputador Deep Blue da IBM que derrotou Garry Kasparov, o melhor jogador de xadrez do mundo em 1997? Em um acontecimento bem mais recente, no ano de 2017 o Google conseguiu derrotar o melhor jogador de Go do mundo. O jogo é considerado o mais difícil para a máquina vencer o humano. Mas o que ou quem eram os adversários dos humanos? A IA. “A IA é um conjunto de técnicas usadas para simular a inteligência humana em computadores. Em outras palavras, é simulado um aprendizado em máquinas de forma similar aos humanos, observando o ambiente e as ações passadas, assim a máquina toma as decisões que acredita ser melhor e que levem até seu objetivo (definido pelo humano que a programou)”, explica Guerreiro. IoT: aparelhos conectados à internet Os populares drones utilizam a IoT e facilitam vários tipos de serviços devido ao seu tamanho e capacidade de voar por diversos territórios sem a necessidade de uma pessoa estar junto. “Os drones são muito utilizados para acessar áreas difíceis, levar objetos de forma rápida e a um baixo custo e hoje em dia empresas como a Amazon estão testando seu uso para realizar entregas de mercadorias”, conta. IoT refere-se à conectividade de aparelhos de uso comum (geladeiras, micro-ondas, portas) à internet. Com essa tecnologia, esses equipamentos passam a se comunicar entre si e demais aparelhos ligados à internet, permitindo que eles possam ser controlados, monitorados e comunicados através da internet. Investimento que dá retorno Todos os setores da sociedade podem fazer uso de IA e IoT na resolução de inúmeros problemas do cotidiano ou até para melhorias. “É um investimento que se paga, trazendo economia para a empresa com a redução de tarefas que podem ser feitas pela máquina com a mesma eficiência e mais rápida, e também pelo lado do cliente, com maior valor agregado no produto e maior satisfação”, relata. Mas quanto custa esse investimento? Segundo Guerreiro, existem tecnologias que podem sair a custo quase zero até outras que custam milhões, dependendo da necessidade e do que vai ser executado. “As empresas podem desenvolver aplicações de IA através de programações, porém estas pesquisas são desenvolvidas na academia, sendo necessária uma equipe com habilidades técnicas e matemáticas para implementar algoritmos de IA”. Como ter acesso às tecnologias Há empresas brasileiras que trabalham com desenvolvimento e consultoria em inteligência artificial e o investimento varia de acordo com o projeto. Já os custos com IoT, no caso dos drones e outros dispositivos, estão barateando devido ao aumento da demanda. Por outro lado, aparelhos como geladeiras e casas inteligentes ainda têm alto custo, mas estão ficando cada vez mais acessíveis. “É possível aplicar essas tecnologias sem ter uma equipe dedicada a isso. Pode-se contratar uma empresa terceirizada para implantar esses recursos ou, dependendo da complexidade da tecnologia a ser utilizada, apenas fazer uso de algoritmos de IA abertos, por exemplo, obtendo-se as respostas desses algoritmos sem precisar construir um modelo de IA de fato”, finaliza. Gostou do tema? Deixei seu comentário e sugestões de outros temas para o Next. 😉
Por que investir em IA e Iot?
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