Soja e milho correspondem à imensa maioria dos volumes exportados do Brasil. O mercado de grãos sofre com a volatilidade da taxa de câmbio, que afeta diretamente a compra de insumos e as exportações. No VII SIM (Simpósio de Agronegócio e Gestão), que acontece nos dias 16 e 17 de dezembro, o pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP/Esalq, Mauro Osaki, vai apresentar os custos de produção diante do atual panorama nacional e internacional.
Pesquisador da área de gestão de propriedade rural e análise econômica do setor de grãos e insumos agrícolas, Osaki chama a atenção para a capacidade de crescimento das áreas de plantio e, em contrapartida, a falta de tecnologias e investimentos no setor. “Para melhorar a competitividade do Brasil no mercado externo, teria que melhorar a produtividade. Mas isso esbarra em vários fatores, como a própria burocracia dos órgãos regulamentadores”, disse.
Osaki relatou que há uma grande divergência entre os órgãos para a aprovação de novas tecnologias. “Isso é um entrave para o desenvolvimento da produção de grãos no Brasil. Um produto que pode aumentar a eficiência no controle de pragas, tem o aval do Ministério da Agricultura, por exemplo, mas é barrado pela Anvisa e pelo Ibama”, explicou.
Membro do Agribenchmark Cash Crop apoiada pelo instituto Johann Heinrich von Thünen-Institut (vTI) da Alemanha, Osaki estima que há uma defasagem de 10 a 15 anos nas tecnologias usadas atualmente na produção de soja e milho em relação a outros países. “O lançamento de um novo produto demora uns 10 anos devido o nível de exigência. O setor privado tem investido em novas tecnologias, mas elas demoram muito para chegar ao campo”.
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