Apesar de ser muito comentada atualmente, a agricultura de precisão (AP) já deixou de ser uma novidade. No Brasil, os primeiros estudos nessa área começaram nos anos 90, e com seu aperfeiçoamento e novas técnicas, a AP tornou-se cada vez mais popular.
O principal diferencial da AP é não levar em consideração a média geral dos dados de uma lavoura, como é praticado na agricultura tradicional, mas sim considerar a média de uma área menor, tendo em vista que as áreas não são homogêneas.
“Agricultura de precisão não é um pacote tecnológico. AP é uma forma de gerenciar com base em alguns princípios clássicos, sendo o mais clássico: as lavouras não são uniformes. Se elas não são uniformes e nós as tratamos pela média, nós erramos para mais em algum lugar e para menos em outro”, explica o professor José Paulo Molin, docente do MBA em Agronegócios da USP/Esalq e coordenador e docente da Jornada de Agricultura e Precisão.
Sendo assim, os conceitos de agricultura de precisão podem ser aplicados em propriedades de diferentes tamanhos, desde as pequenas até as mais complexas fazendas. “Como AP é um conceito, ele vale em pequenas, médias e grandes propriedades. O nível de tecnologia é que muda. No pequeno só a filosofia é o suficiente. Ao investir em um pedaço da lavoura que é mais produtivo, o produtor está praticando agricultura de precisão em pequena escala sem GPS e sem nenhuma tecnologia”, reforça o professor.
Podemos destacar 4 benefícios principais de se aplicar AP em qualquer tipo de propriedade. São eles:
– Racionalização de insumos;
– Melhora na qualidade do produto final;
– Automação das máquinas;
– Mais sustentabilidade.
O professor ainda alerta para a falta de mão de obra especializada nessa área, o que dificulta ainda mais o desenvolvimento de novas tecnologias e crescimento do setor.
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