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Atacarejo. Já ouviu falar? Saiba por que o setor cresce apesar da crise

De 2015 para cá, o varejo sentiu os reflexos da crise econômica no Brasil. Restrição no crédito, alta inflação e aumento nas taxas de desemprego reduziram o poder de compra da população, afetando diretamente o setor.

Um segmento, porém, mostrou forças para crescer apesar do cenário ruim: o atacarejo. O termo é novo e vem ganhando destaque. Normalmente, é atribuído a grandes lojas de produtos alimentícios que possibilitam ao consumidor comprar no varejo a preço de atacado.

Segundo o Ranking NOVAREJO Brasileiro 2016, o faturamento do atacarejo cresceu 18,2% em 2015. No mesmo período, as lojas tiveram uma expansão de 11,8%, frente a queda de 4,3% ao ano do setor varejista.

Segundo Marcos Luppe, coordenador do MBA Varejo e Mercado de Consumo USP/ESALQ, esse modelo ganhou mercado em meio à crise porque a alimentação é um custo difícil de ser cortado.

“As pessoas perderam crédito e isso refletiu em queda na aquisição de bens duráveis. Mas as pessoas têm que continuar comendo. Houve então uma mudança no padrão de consumo de alimentos, com troca de marcas ou aquisição de produtos mais baratos, facilmente encontrado nos atacarejos”, diz ele.

“ O atacarejo os preços são cerca de 20% mais baixos. Como a renda do consumidor vem caindo, ele busca essa alternativa”, completa o docente.

Quanto ao tradicional varejo, a perspectiva é que o setor recupere o folego em 2017. “O mercado já começa a fazer alguns sinais de retomada. As empresas estão anunciando investimentos para o próximo ano. A economia é uma roda, ela precisa girar”, conclui Luppe.

               

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