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Como expressar emoções e melhorar seu rendimento

Como você já sabe, inteligência emocional e autoconhecimento são grandes aliados para resolver problemas no dia a dia. Mas saber identificar suas emoções é só o primeiro passo rumo ao aumento da produtividade e eficiência.

A segunda etapa é expressá-las proporcionalmente, de forma que você não precise reprimi-las, mas sem magoar as pessoas a sua volta, já que elas também estão lidando com as próprias emoções.

“É importante lembrar que os sentimentos surgem automática e espontaneamente”, ressalta a psicóloga Julia Domingues. “Nosso jeito de lidar com eles é a única coisa que podemos controlar.”

Esconder não é solução

Muitas vezes achamos que a solução é camuflar as emoções, com a justificativa de manter um comportamento socialmente aceito. Porém, Julia explica que o ideal é controlar os sentimentos para que eles sejam expostos da melhor maneira possível.

“Em vez de oprimir, por que não lidar com as emoções? É mais difícil e trabalhoso, o caminho pode ser mais árduo, mas os benefícios são inúmeros. Quando escondemos o que sentimento, fazemos um esforço imenso para mascarar quem realmente somos. Com o tempo, isso vai acumulando e gerando a necessidade de ser exteriorizado”, destaca.

E essa exteriorização quase forçada de emoções geralmente se reflete fisicamente. Desde aumento da frequência cardíaca, problemas de respiração, tensões no pescoço e coluna até doenças mais sérias, chamadas psicossomáticas, que surgem a partir de fatores emocionais.

De olho na saúde

Julia acredita que essas doenças psicossomáticas também são uma forma de linguagem corporal. Afinal, é nosso corpo pedindo atenção e nos dando um alerta sobre as emoções que estamos ignorando.

“Gastrite, hipertensão arterial, enxaqueca e até algumas disfunções sexuais podem ser as principais consequências para nossa saúde biológica”, exemplifica a psicóloga. Tentar evitar o surgimento dessas emoções pode levar a um ciclo vicioso, em que cada sentimento negativo pode trazer um novo.

Quer saber como lidar melhor com suas emoções e, automaticamente, cuidar da sua saúde mental e física? Separamos algumas dicas para você aplicar no dia a dia!

  • Identifique as emoções e a quais situações elas estão associadas;
  • Reconheça a causa e os motivos de cada sentimento;
  • Preste atenção às reações do seu corpo;
  • Observe mais a sua reação do que a ação que a desencadeou;
  • Adeque e proporcione a forma como você vai se expressar;
  • Vivencie as emoções com seu corpo e seja sincero com o que você sente;
  • Visualize e localize suas emoções.

Emoções vindas de lembranças

Algumas emoções não estão relacionadas a situações atuais, mas com lembranças. A dica é a mesma. “Aceite cada sentimento como parte de você. As emoções são parte da nossa evolução e nos diferenciam dos demais seres. Elas surgem naturalmente e devem ser acolhidas, não reprimidas, não importa o que as originou”, enfatiza Julia.

O próximo passo

As dicas acima ajudam a lidar com as emoções na hora que elas aparecem. Mas você também pode procurar soluções a médio e longo prazo. Afinal, Julia nos lembra que os sentimentos negativos, quando constantes, passam a ter efeito acumulativo e se tornam extremamente tóxicos para a saúde física e mental.

Buscar ajuda profissional, de terapeutas ou psicólogos, é um importante passo para dialogar com você mesmo e aprender a elaborar essas emoções, seja por meio de conversa ou até escrevendo sobre esses sentimentos. No entanto, outras opções podem agregar nessa jornada.

A ajuda dos esportes

Os esportes, por exemplo, são ótimos aliados para lidar com sentimentos negativos e emoções ligadas à irritação e ansiedade. De maneira geral, eles liberam endorfina, um hormônio produzido pelo cérebro e considerado um analgésico natural.

As possibilidades são inúmeras. Técnicas de ioga, dança e natação ajudam a controlar a respiração. Exercícios menos convencionais, como tai chi chuan e aulas de circo, com trapézio, corda e tecido, são boas sugestões para treinar o foco e o controle. Também vale optar por esportes tradicionais como corridas, futebol e lutas.

Desconstruir para construir

Quando as pessoas rompem com as barreiras emocionais, elas podem exteriorizam suas emoções e sentimentos durante a criação de algo. Por isso as atividades manuais são comumente associadas a terapias contra as inquietações e angústias

Entender que o resultado talvez não seja tão importante quanto o processo de produção proporciona liberdade criativa e menos cobrança e pressão, fatores experenciados nas atividades profissionais e até pessoais.

Dessa forma, as emoções podem ser canalizadas para produções em argila, papéis, costura, recicláveis e basicamente todos os materiais que sua imaginação – e mãos – puderem alcançar.

Receitas para expressar emoções

Outra boa sugestão para externalizar as emoções de forma mais natural possível é aderir à crescente onda gastronômica. Mesmo quem não tem muito jeito na cozinha pode começar com receitas mais fáceis e básicas, de menor complexidade. E o passo a passo está por toda a internet, nos mais variados formatos.

Quem já tem mais experiência pode adequar o cardápio aos ingredientes: a culinária japonesa, por exemplo, pode ser muito relaxante de se executar e ainda é produzida com itens que auxiliam no combate ao estresse e ansiedade. Isso porque o salmão é um dos peixes mais ricos em gordura e com bons níveis de ômega-3, substância que atua diretamente nas funções cerebrais.

Quais medidas de curto, médio e longo prazo você aplica para auxiliar no processo de expressar suas emoções? Deixe suas dicas nos comentários!

Autor (a)

Marina Petrocelli
Marina Petrocelli
Mais de 12 anos se passaram desde minha primeira experiência com Comunicação Social. Meus primeiros anos profissionais foram dedicados às rotinas de redações com pouca ou nenhuma relevância digital. O jornalismo plural se resumia em apurar os fatos, redigir a matéria e garantir uma foto expressiva. O primeiro sinal de mudança veio com a proposta para mudar de realidade e experimentar um formato diferente de produzir. Daí pra frente, as particularidades do universo do marketing se tornaram permanentes. Ah! Também me formei em Direito (com inscrição na OAB e tudo). Mas nem tudo se resume às minhas habilidades profissionais. Como produtora de conteúdo, me interesso por boas histórias, de pessoas reais ou em séries, filmes e livros, especialmente distopias. Gosto de montar roteiros de viagens e reconhecer estrelas e constelações em um aplicativo no celular. Museus, música e arte no geral chamam minha atenção, assim como cultura pop.

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