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Como as tecnologias IA e IoT ajudam o Agronegócio

Investir em tecnologias IA e IoT para o Agronegócio faz parte da rotina de empresas que querem se atualizar e manter a qualidade e crescimento da produção de forma inteligente. Tanto a IA (Inteligência Artificial) quanto IoT (Internet of Things ou, em português, Internet das Coisas) desenvolvidas para o agro têm ajudado a alcançar melhores performances no setor e, inclusive, aperfeiçoar o controle de etapas e técnicas antes feitas somente com o conhecimento específico humano.

Aplicação

Atualmente, existem vários modelos de aplicações das tecnologias que estão sendo desenvolvidas no Agronegócio. “Conseguimos identificar, por exemplo, doenças de uma planta e já realizar, com precisão, o diagnóstico dela de forma instantânea a partir de fotos de celular”, explica o pesquisador em IA do Pecege, Lucas Guerreiro. Para o mesmo tipo de problema, ele cita que existem soluções na identificação de vegetação com algum tipo de dano e que possam estar contaminadas.

Com o uso das tecnologias é possível mapear todas as plantas de um local e saber quais precisam de aplicação de um defensivo. Pode-se, ainda, identificar o melhor momento de colheita ou de aplicação de determinado composto, conforme a necessidade apontada por máquinas inteligentes, por exemplo. As IA e IoT possuem suas características especiais, sendo a IoT relacionada a conexão de equipamentos “comuns” com a internet – permitindo visualização em tempo real e acionamento desses aparelhos -, enquanto a IA relaciona o uso de uma inteligência em softwares que permite a tomadas de decisão e aprendizagem de forma análoga aos humanos.

Tecnologias de resultados

Segundo o pesquisador, o caminho de análise preditiva possibilita entender situações que possam afetar determinada região, como o mau tempo, ou mesmo situações econômicas, em que as técnicas definem as melhores decisões a serem tomadas dentro do agronegócio para maximizar os lucros com base em acertos nas previsões. “Temos técnicas sendo empregadas no monitoramento de gado, identificando doenças dos animais, ou até mesmo prevenindo situações que possam afetar a saúde das criações”, conta.

Guerreiro observa que empresas, inclusive as do setor agro, têm aplicado IA e IoT principalmente em duas frentes:

  • 1. Melhorar um produto ou aplicar isso em sua finalidade Ele cita que muitas vezes o produto já está definido sem o uso de IA ou IoT e as empresas, como startups, passam a empregar essas técnicas para prover uma melhor experiência para seus clientes finais. “Temos casos em que IA e IoT são estritamente necessárias para que o produto execute as funções das quais é determinado a fazer”, nesses episódios, ressalta Guerreiro, as tecnologias são indispensáveis e devem ser pensadas desde a concepção do projeto de uso.
  • 2. Melhorar processos internos As empresas podem usar IA e IoT para agilizar um processo que já era feito, mas, com ambas tecnologias, fica mais rápido ou barato. “Pode-se utilizar IA no entendimento dos clientes e dos dados que as empresas têm, trazendo um melhor conhecimento desses clientes e melhorando processos já existentes na empresa”.

Acessibilidade e custo

Guerreiro afirma que não existem setores específicos para o uso das tecnologias, mas sim finalidades. No caso de IA, ela é utilizada em eventos que melhoram um processo ou atingem uma finalidade com o uso de um software inteligente. “Já a IoT pode ser empregada quando se faz uso da conectividade em um aparelho “estático” ou, ainda, com o uso de drones para realizar atividades para o setor do agronegócio, por exemplo”.

Apesar do alto custo com profissionais – por serem ainda escassos no Brasil – as técnicas podem ser acessíveis quando desenvolvidas internamente. Com o uso de APIs (Interface de Programação de Aplicações) abertas de desenvolvimento de Inteligência Artificial o custo se torna menor. “Porém é recomendado um profissional capacitado da área, como no caso do agronegócio, para que se possa otimizar o modelo utilizado e atingir melhores resultados”, finaliza o pesquisador.

Autor (a)

Ana Rízia Caldeira
Ana Rízia Caldeira
Boa ouvinte, aprecio demais os momentos em que posso ver o mundo e conhecer as coisas pelas palavras das outras pessoas. Não por menos, entrei para o jornalismo. E além de trazer conteúdos para o Next, utilizo minhas habilidades de apuração e escuta para flertar com a mini carreira de apresentadora nos stories do MBA USP/Esalq, no quadro Você no Camarim.

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